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Rogério Belém volta à base do Remo com meta de formar novos ídolos e avalia CT: ‘Vai dar frutos’

Aos 48 anos, o ex-meia está no comando do Sub-17, busca repassar ensinamentos aos jovens da base azulina e compara estrutura atual com a de 1990

Pedro Cruz e Fabio Will

Para Rogério Belém, o retorno ao Remo é parte de um processo de reconhecimento. Primeiro, da importância que o clube teve na sua formação como pessoa e jogador de futebol. E, depois, da necessidade de repassar isso a jovens garotos que estão, agora, perseguindo o mesmo sonho que o pequeno Rogério de Jesus Nascimento Albuquerque, aos 10 anos, tinha e conseguiu alcançar.

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Apesar de se tratar de uma competição de base, a responsabilidade por vencer é grande em uma equipe de massa na região e isso é algo que tem conversado com os jovens. “No Remo, a pressão é em qualquer categoria, desde o salão. Quando eu comecei também, lá no sub-11, era pressão. E não tem jeito. Vai até o profissional. Eu sempre digo e passo para eles que tem muita gente que queria estar no Remo”, conta, para em seguida complementar.


“Hoje eu recebo ligações direto, direto mesmo, querendo que coloque jogador no Remo, porque é o sonho de muita gente, de muitos pais, de muito jogador querer vestir a camisa do Remo. Então, automaticamente, vem a pressão, né? É uma pressão gostosa que todo jogador tem que ter para dar a volta por cima e ter grandes vitória. Isso aí é, sem dúvida nenhuma, uma pressão maravilhosa que existe dentro do Clube do Remo”, avaliou Rogério Belém.

Desde a compra do CT, em 2021, o Remo vem investindo paulatinamente na estruturação do espaço. Nos últimos dois anos venceu os campeonatos estaduais Sub-17, Sub-20 e Feminino e tem, como meta, “entregar” ao time profissional jogadores cada vez mais lapidados. Além de formar em casa e reduzir a necessidade de contratações, a ideia é também lucrar mais com possíveis vendas.

“Hoje, para a garotada, essa estrutura aí, eu tenho certeza que vai dar muitos frutos, vai dar muitos bons frutos mesmo, então a gente está no caminho certo e agora, em 2024, eu tenho certeza que o que vai dar Leão”, projeta Rogério Belém.

História no Remo

Além de dois títulos como jogador do Remo - o Parazão de 1993 e o de 1996, durante o período do tabu sobre o Paysandu - Rogério Belém teve atuações memoráveis com a camisa azulina. Em 96, foi o artilheiro e eleito o craque do campeonato estadual. Voltou da Europa em 2003 para fazer parte da campanha na Série B que quase levou ao acesso - o Leão ficou em 5º na classificação geral.

“Hoje eu fico pensando que quando eu comecei, lá atrás mesmo, no comecinho da minha carreira no futsal, que eu entrava ali no Remo sem ninguém me conhecer, sem ninguém me dar moral. E eu fui buscando, fui buscando meu espaço e, graças a Deus, hoje a gente volta e é reconhecido, a gente chega e o pessoal vem [falar]. Isso é muito gratificante, é importante demais na minha vida, então não tem nem explicação do quanto o Remo é importante na minha vida”, concluiu.

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