Em meio a uma eleição, o Remo vive momentos de definição também no futebol, mesmo com o departamento esportivo parado. O técnico Ricardo Catalá, que terminou a Série C comandando o Leão Azul, concedeu entrevista ao jornalista do Grupo Liberal, Abner Luiz, e afirmou que o Remo sai atrás de vários clubes no planejamento para 2024 e que será difícil a montagem do elenco, já que, muitos atletas já possuem pré-contratos assinados com outras equipes.
Assista trecho da entrevista com Ricardo Catalá:
Ricardo Catalá está de férias, aproveitando a família, mas também atendo ao mercado. O treinador segue estudando e pensando em um futuro no Remo. Para ele a rotina do futebol é desgastante e tenta ao máximo passar esse período com filhas e esposa.
“Férias boas, estou conseguindo curtir a família, aproveitar o desenvolvimento das minhas filhas, observando elas fazendo tarefas do dia adia, que o às vezes o futebol não permite por conta a da distância e pelo número de horas que você precisa se dedicar ao clube. Para mim, tem sido muito positivo, estudar também bastante coisas, para poder tentar trazer algumas coisas novas e melhores para o trabalho do ano que vem”, disse.
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O Remo sai atrás de outros clubes
Para o técnico, o Remo está atrasado no planejamento para 2024. A procura por jogadores no mercado do futebol está intensa e alertou, que o Leão Azul terá muitas dificuldades para recrutar jogadores de qualidade por conta do empecilho de não poder contratar sem antes ter um novo presidente eleito.
“Penso que, independente de quem ganhar as eleições, partirá atrasado. Tenho conversado com muitos treinadores e atletas vários já possuem pré-contratos assinados com outros clubes para o ano que vem. Então o Remo vai sair muito atrás na montagem [do elenco], terá dificuldade de recrutar jogador de qualidade, pois os melhores já estão resolvendo a vida para 2024 e vamos precisar fazer uma força-tarefa. E no meu caso, como treinador, não conhecer a nova direção, não conhecer o modus operandi desse dia a dia de novas pessoas, eu preciso dar um passo de lado com quem eles já tenham afinidade e construído ideias. Agora não é hora de pensar no Catalá, Abner, Chico ou no Mané, agora é hora de penar no clube, então por esse motivo, prefiro então dar um passo para o lado no caso de vitória do Tonhão, fica tudo mais fácil, conheço todos eles, já expliquei minhas condições e sei que vai andar nas minhas condições e aí as coisas funcionam. Na verdade é isso, o único que me procurou, além da chapa com quem tenho mais contato, foi o Jader, mas não avançamos nas ideias e entendo que eles procurem alguém que tenha afinidade com eles para que as ideias sejam cada vez mais aceleradas e assertivas”, falou.
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Pode não ficar no Leão
Assim como as propostas para jogadores já estão rolando visando 2024, Catalá também recebeu algumas, mas informou que nenhuma delas fez a sua cabeça. Para o técnico, mesmo não estando no Remo atualmente, uma eleição nesse período é prejudicial no planejamento da equipe de olho em 2024 e que, corre o risco de assumir outro clube caso alguma proposta tentadora apareça.
“O risco sempre existe [de aceitar propostas de outros clubes], pois eu não posso assinar um contrato com o clube pois o estatuto impossibilita que sejam feitos contratos além do mandato que acaba em novembro. Até quando falamos de um acordo financeiro, falamos em caso de não vitória dessa chapa, uma indenização, pois é isso, eu já recebi propostas, mas é que nenhuma delas me seduziu, mas pode chegar alguma coisa que seduza e aí eu teria que conversar com as pessoas, mas meu grande objetivo e desejo é o treinador chegar, ter condição de desenvolver um projeto com a sua ideia e poder entregar resultados. Fiz isso em todos os clubes que fui, e apesar de ter um carinho enorme pelo Remo, pela torcida e de como fui tratado e recebido em Belém, eu gostaria de ainda entregar um final feliz, seria bacana”, finalizou.