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Presidente e diretor do Remo acusam atacante de assediar lateral Rony

Multa de rescisão contratual de lateral com o clube é de R$2 milhões

Nilson Cortinhas

Ao lado do diretor jurídico do Remo, Pietro Pimenta, o presidente do clube, Fabio Bentes, conversou com a imprensa a respeito do caso Rony. O jogador alega que tem salários pendentes da temporada 2018 e solicitou, via justiça, a rescisão de contrato com o Leão, mas teve o pedido negado. O vínculo vai até cinco de janeiro de 2021 e a multa rescisória está estipulada em R$2 milhões.

Durante a coletiva, ficou evidente a divergência do Remo com o advogado/ empresário do atleta. O nome do profissional (Hércules Júnior) sequer foi citado. Hércules, aliás, é agente do atacante Gustavo Ramos e também do atacante Rony, do Athlético-PR, que saiu do Leão em litígio em 2015.

Gustavo Ramos não renovou contrato com o Remo e o pior: apanhou os pertences de Rony, tirou-os do estádio Baenão, num caso chamado de assédio pela direção do Remo. "As câmeras do Baenão registraram tudo", disse Fábio Bentes. "Ele (Gustavo Ramos) aproveitou um momento fortuito já que havíamos chamado os jogadores para a rescisão", acusou Pietro Pimenta.

Primeiro problema
Fábio Bentes relatou que, no início do ano, já teve que lidar com uma desistência do atleta Rony de continuar com a carreira de jogador profissional, alegando que era difícil o deslocamento diário a Belém. O atleta é natural de Barcarena, um município do nordeste paraense, distante cerca de três horas da capital por meio terrestre.

O departamento jurídico foi acionado e demoveu a ideia mantida por jogador e família. O contato do clube é feito com a mãe de Rony, conhecida como dona Rosa. Bentes explicou que, na oportunidade, o clube viabilizou moradia e outros detalhes necessários para que o jogador continuasse em Belém.

Contato
O presidente do Remo desafiou a mãe do atleta, que teria alegado não ter sucesso no contato com o dirigente. "Desafio a provar. Nunca me procurou. Se cruzar na rua, não reconheço".

Recursos
Fabio Bentes e Pietro Pimenta argumentaram que o clube desconhece quaisquer decisão jurídica sobre o Rony. "É um suposto processo. O clube não foi intimado", disse Fábio. A decisão do processo, no entanto, foi favorável ao clube.

Mais divergências
Fábio também afirmou que o atleta nunca cobrou os salários atrasados de anos anteriores na temporada de 2019 e defendeu que o Remo está honrando com as suas obrigações trabalhistas.

"Ele está reivindicando algo de um ano atrás. Por que não reivindou à época?", questionou Bentes.

Instigado a falar sobre o suposto débito, o diretor jurídico Pietro preferiu não ser preciso em uma decisão estratégica, segundo ele. "Sobre o mérito do caso, vamos nos resguardar e debater na esfera competente (Justiça Trabalhista)". "O Rony é um ativo do Remo e não temos interesse em desvalorizá-lo", ressaltou Pietro.

Gustavo Ramos
Em um momento da coletiva, foi explicitado que o agente está com Rony há menos um mês. E que também cuida da carreira de Gustavo Ramos. O clube disse que ambos estão levando faltas e que terão os valores descontados nos salários.

"Foram comunicados oficialmente. O Gustavo pegou e sumiu com as coisas do Rony. Está  caracterizado assédio ao atleta" alega Pietro. "Está registrado nas câmeras do Baenão. Se o Rony pediu um favor, ele teria que pedir em documento", ponderou Fábio Bentes.

Acordo
No momento, os dirigentes pouco consideram a hipótese de um acordo e retorno imediato ao trabalho. "Distante um acordo amigável. Vamos nos resguardar um pouco. Ele está em Barcarena", disse Pietro.

"A mãe dele prometeu que ele se representaria na quinta (11), e que isso nunca mais iria acontecer. Depois, fizemos contato e já foi solicitado que entrasse em contato com o advogado. E que iria tirar o menino do Remo pela justiça", pontuou Pietro.

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