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No aniversário de 118 anos do Remo, presidente projeta legado com o fim das dívidas trabalhistas em abril

Fábio Bentes, presidente do Remo, cita fim dos bloqueios de patrocínio, aumento de R$ 2 milhões no orçamento e cita Ceará e Fortaleza como exemplos

Pedro Cruz

O Remo completa, neste domingo, 118 anos de história. Obviamente muita coisa mudou desde a fundação do “Grupo do Remo”, cuja principal finalidade, em 1905, era o desporto aquático. Mas uma transformação mais simbólica e significativa começou a ser traçada há menos de uma década: a entrada - espera-se que de vez - na modernidade administrativa. A chegada, de maneira efetiva, de processos de gestão que colocam a agremiação, como um todo, no profissionalismo. E uma das formas de fazer as pazes com o passado é a quitação das dívidas que se arrastam há mais de 50 anos. Neste caso, as trabalhistas - montante que chegou próximo aos R$ 15 milhões oito anos atrás e, em dois meses, estará zerada.

"Bom, a nossa previsão é que até o mês de abril a gente quite com as verbas do Banpará, da Funtelpa e da primeira cota da Copa do Brasil, que já estão oferecida para a Justiça. Isso deve quitar o que ainda tem aí de processo e finalizar o débito, o que em outras época era tido como impagável”, salienta o presidente Fábio Bentes, em contato com o Núcleo de Esportes de O Liberal.

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Sem esse peso no orçamento, a perspectiva é de aumentar ainda mais os investimentos no futebol e no patrimônio do clube. E essa é a meta.

“Ano que vem o torcedor pode esperar um aumento considerável, um valor significativo para fazer frente aos aos compromissos que foram assumidos e que vão ser assumidos lá na frente. A potencialidade do clube de investir e melhorar o CT cada vez mais, em poder montar folhas maiores e crescer, esse nível de investimento vai ser gigantesco”, projeta, como legado, Fábio Bentes.

Dívida com a União ainda é desafio

Livre dos débitos trabalhistas, o Remo ainda precisa trilhar um longo percurso com a União. Números atuais da Procuradoria-Geral da Fazenda Nacional (PGFN) mostram que o Leão ainda tem abertos R$ 3.708.762 - esses são apenas os débitos ainda não negociados com os credores. O clube, no entanto, já tem a situação controlada.

“O Remo acumulou durante muitos anos uma dívida também gigantesca de INSS, FGTS, imposto de renda, e essa dívida hoje está toda parcelada, equacionada. A gente vem mantendo as parcelas em dia, com muito esforço. É uma parcela alta, a gente vai manter em dia por entender que isso é importante, também é regularização. Essa ainda vai demorar um pouco para quitar, o parcelamento é de mais de dez anos, mas a gente entende que, se manter a responsabilidade, em algum momento isso vai ser zerado. Mas só o fato de já estar parcelado já torna a gente em dia com a Justiça Federal", explicou.

“Mas vamos um passo de cada vez. A meta é voltar para a Série B, se consolidar lá e, no futuro, que a gente possa voltar também a disputar uma Série A - que, como eu disse, é o lugar que a nossa torcida merece estar", concluiu o presidente.

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