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Diretor jurídico do Remo faz balanço positivo do Leão com a justiça trabalhista em 2019

Pietro Alves Pimenta falou das estratégias do clube para diminuir as dívidas trabalhistas do clube

Fabio Will

A temporada do futebol profissional do Remo chegou ao fim, mas o departamento jurídico do clube segue trabalhando para tentar “arrumar a casa” e quitar débitos pendentes. Em conversa com a equipe de OLiberal.com, o diretor jurídico do Leão, Pieto Alves Pimenta, falou da situação do Leão e fez um balanço do ano.

Mesmo com o clube em dias com jogadores, comissão técnica e funcionários, o Remo busca solucionar as dívidas trabalhistas. Novo na função de diretor jurídico, Pietro falou da força tarefa que o departamento teve que desempenhar para quitar débitos e mostrar que é possível ter um clube administrável, principalmente se tiver apoio.

“Ainda teremos bastante trabalho até o final do ano, mas o saldo é positivo. É importante frisar que um bom trabalho no departamento jurídico requer alguns fatores. Um deles é a colaboração da presidência e gestão como um todo. Enxergar isso como importante e dar o suporte financeiro e estrutural. A partir disso podemos contratar um escritório de nossa preferência, com prática no mercado jurídico na área trabalhista, que é a mais crítica do clube”, comentou.

MUDANÇAS

O clube desenvolveu uma fórmula de concentrar os débitos em uma só vara da justiça do trabalho. Essa ação proporciona ao Remo um tempo, mas sem risco de ter bens bloqueados pela justiça de outros estados.

“Conseguimos colocar as sentenças nas filas centralizadas e assim temos fôlego, pois teríamos várias execuções ocorrendo em vários locais diferentes. Estamos pagando na 16ª Vara uma quantia alta, mas ainda sim estaríamos tendo patrimônios bloqueados por outros juízes do trabalho. É um alvo de atuação muito forte. Tínhamos muitos processos em Fortaleza, São Paulo que rotineiramente estavam bloqueando bens e patrimônios. E conseguimos desenvolver uma tese jurídica, para que esses processos fossem encaminhados para uma vara centralizada na ordem de preferência do credor”, disse Pietro.

ACORDOS

O diretor jurídico azulino explicou as situações de acordos firmados com credores. Pietro comemorou vitórias conquistadas pelo clube e contou que esse tipo estratégia desenvolvida pelo Remo não faz o clube sofrer tanto.

“Fechar acordo não necessariamente é reduzir valores. Existem processos que optamos por não fechar acordo e que na sentença feita pelos juízes conseguimos um valor bem inferior ao que seria acordado. Isso é uma grande mudança que implementamos, deixamos de realizar qualquer acordo e empurrar o processo”, comentou.

APOIO

Pietro frisou a importância de ter apoio do clube em momentos cruciais. O diretor comentou que para diminuir as dívidas é necessário investir em alguns processos e que isso possui um custo alto, mas que compensa no final.

“Ter o apoio e compreensão como um todo é importante. E investir um recurso para conseguir resultado jurídico é necessário, principalmente nos depósitos de recursos. Durante muito tempo o Remo era condenado, simplesmente não fazia nada e deixava o processo ir para a execução. Hoje não entendemos dessa forma. Fazemos uma análise de mérito, pois cada recurso na justiça do trabalho é preciso ser pago. Dependendo do processo paga-se até R$14 mil. Exemplo disso foi com o atleta João Victor, que ganhou um processo de R$400 mil, recorremos, conseguimos reverter em um pouco mais de R$20 mil

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