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Remo avança na Série B, mas ainda não garante a confiança da torcida

Se o time vai bem na competição, qual seria o motivo para os olhares 'tortos' das arquibancadas? Comentaristas de O Liberal analisam o cenário azulino

Luiz Guillherme Ramos

Apesar de ocupar a 5ª colocação na Série B, com pontuação que o mantém colado no G4, o Clube do Remo ainda convive com a desconfiança de parte da própria torcida. O desempenho recente, que inclui vitórias importantes e presença constante no bloco de cima, não tem sido suficiente para gerar um sentimento de estabilidade.

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Se o time vai bem na competição, qual seria o motivo para os olhares "tortos" que surgem das arquibancadas? Talvez os três empates seguidos antes do triunfo sobre os catarinenses. Ou, voltando um pouco mais, as recentes reformulações feitas no futebol remista, que aos poucos começam a imprimir um novo modelo de jogo.


"O Remo começou em uma fase ótima. Aí veio a troca de técnico, de executivo, uma reformulação que gerou impacto. Por conta disso, o clube ainda vive uma fase de transição, com ideias do novo comandante e a inclusão de novas peças", observa o jornalista Carlos Ferreira.

"Camutanga ficou um longo período sem atuar; Marrony e Cantillo também. Esses estão recomeçando. E há os jogadores que chegaram para começar do zero, como Kayky Almeida e Freitas, garotos cedidos pelo Fluminense. Tudo isso gera impacto", avalia.

Para ele, a oscilação faz parte do pacote da Série B, uma competição longa, de 38 rodadas, que naturalmente impõe altos e baixos a todos os clubes. "A tendência é que, em breve, o time engrene, se estabilize por cima e inicie uma nova grande fase. Incluo aí o Paysandu nesse contexto, para lembrar que o clube viveu as primeiras 11 rodadas muito mal. Depois disso, teve o melhor aproveitamento da competição. Tudo é fase. Ainda teremos fortes surpresas e muitas emoções", completa.

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Seguindo na mesma linha, mas indo um pouco além, o jornalista Pio Netto afirma que a irritação da torcida se deve mais ao desempenho dentro de campo do que à posição na tabela. Em sua análise, o time ainda não apresentou um padrão de jogo que empolgue, o que gera insegurança e falta de confiança — mesmo com números que indicam uma boa campanha.

“Estamos chegando à metade da Série B, e o Remo ainda procura um padrão, apostando em novos jogadores que precisam de sequência. Além disso, o técnico parece não ter caído nas graças de boa parte da torcida, o que também contribui para esse clima de desconfiança”, aponta o comentarista, que não vê outra razão para o "caso azulino".

"Agora, que é uma contradição estar tão perto do G4 e ainda assim não contar com a confiança do torcedor, isso é uma realidade clara que o Remo atravessa no momento. A explicação que encontro é uma reformulação em pleno andamento no meio do campeonato", finaliza.