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Ex-técnico do Remo faz balanço e fala sobre Eduardo Ramos, diretoria e polêmica com Tiarinha

Márcio Fernandes disputou 28 jogos como técnico do Remo

Fábio Will

Após a dispensa pela diretoria do Remo, o técnico Márcio Fernandes avaliou o trabalho que fez frente ao Remo, falou dos planos que tinha no Leão, além de comentar sobre o futuro do clube nas mãos da atual diretoria.

Márcio Fernandes comandou o Remo em 28 partidas, com dez vitórias, 13 empates e cinco derrotas. Um aproveitamento de 51% dos pontos disputados. O treinador de 57 anos comentou sobre os atacantes Tiarinha e Igor, que não foram utilizados, diretoria, Eduardo Ramos e problemas que culminaram na eliminação.

“Iniciamos bem o campeonato, alguns treinadores falaram que estávamos jogando o melhor futebol dentro da Série C, mas perdemos peças importantes como o Packer, Rafael Jansen, Garré, Djalma e Carlos Alberto. Lógico que isso não serve de desculpa, mas foram peças importantes que poderiam ter ajudado nessa reta final de competição”, disse.

EDUARDO RAMOS

O ex-treinador azulino comentou sobre a chegada do meia Eduardo Ramos, “xodó” de parte da torcida. Fernandes disse que o camisa 10 agregou ao grupo e que sofreu uma pressão absurda pelo passado dele no clube

“A chegada do Eduardo foi com o meu aval. Tudo foi decidido em conjunto, sem problemas. Não recebi pressão alguma para escalá-lo. Ele chegou e foi titular devido a dedicação nos treinamentos, foi o melhor da posição e temos que reconhecer o valor do Eduardo. Por tudo que já fez pelo clube a cobrança foi muito grande nele. “O elenco recebeu a chegada do jogador de forma tranquila, até pelas condições do Eduardo. O jogador não aceita quando dentro de campo ele não corresponde, não se doa. O Eduardo possui uma qualidade fantástica, nosso vestiário sempre foi tranquilo. Tanto ele como o Neto Baiano que chegou na reta final, não tem culpa pela desclassificação. Eles nos ajudaram muito e vão dar muitas alegrias ao clube”, comentou

ATACANTES TIARINHA E IGOR

Márcio resolveu falar sobre não utilizar os atacantes Igor e Tiarinha no decorrer da Série C. Fernandes comentou que avaliação foi técnica e que o clube requer uma atenção para a posição de ataque.

“O Tiarinha estava se recuperando no clube e surgiu a possibilidade de ser avaliado no Paraense, mas ele foi inscrito um dia depois e não tive como avaliá-lo. Durante a Série C chegaram algumas peças e ele era o quinto jogador para a posição. Nos treinos ele não conseguiu render o esperado e saiu sem atuar. Já com o Igor foi diferente. A diretoria me chamou, falou que havia uma condição e agora não merece entrar em detalhes e trouxemos o Igor. Ainda é cedo para falarmos do jogador. O Remo é um time que possui uma exigência muito grande e que requer para esse setor uma qualidade acima que o Igor produz.  Quem sabe na Copa Verde ele possa ter chances”, comentou.

DESCLASSIFCAÇÃO

“Acredito que não era para ser. Fizemos de tudo para conquista-la, somamos um número de pontos (27), que em outros anos daria para classificar. Na penúltima rodada perdemos peças importantes como o Zotti, Djalma e Gustavo Ramos. Não adianta falar, tentar explicar. Lá na frente vamos entender o que realmente ocorreu”

BASE

Márcio comentou sobre os garotos Hélio, Pingo e Laílson, atletas que receberam oportunidades com o treinador, mas não poupou críticas ao que o clube faz com a base.

“O Remo precisa olhar mais para a base. A estrutura não é a ideal, mas se melhorar a estrutura e der condições de trabalho aos funcionários, a base do clube poderá ser um celeiro muito forte. Hélio, Pingo e Laílson foram atletas que eu vi que tinham mais condições de adquirir experiência, que tem potencial mas que precisam ser lapidados”, falou.

AVALIAÇÃO

“Foi uma passagem feliz, conquistamos um dos objetivos e por muito pouco não conseguimos o principal deles. Dei o meu melhor, trabalhamos no limite, mas infelizmente não deu. Lá na frente vamos saber os motivos dessa eliminação”, falou.

REMO DO FUTURO

O treinador comentou a situação do clube e projeta um futuro bom para Remo, se continuar com a atual diretoria.

“O clube precisa de um trabalho a longo prazo, de buscar jogadores, fazer com que eles atuem com um padrão de jogo. É preciso ter paciência no futebol, terão oscilações mas é necessário ter algo a longo prazo para colher frutos maiores. Nos últimos anos o Remo teve uma média de três treinadores por temporada, cada um com métodos diferentes, estilos diferentes. O Fábio Bentes pegou o clube agora, vejo integridade nele. Muitos jogam contra, mas ele está dando uma nova cara ao Remo e mudando a fama do clube de não pagador. Se ele permanecer por um período maior no Remo as chances de êxitos são grandes”, finalizou.