MENU

BUSCA

Diego freia 'oba oba' contra o Avaí: 'Esses jogos são os mais difíceis'

Uruguaio retorna ao Remo e diz que Avaí, mesmo em crise e usando garotos, pode oferecer mais perigo por jogar “solto” na Ressacada

Igor Wilson

O meia uruguaio Diego Hernández voltou ao time do Remo para o jogo decisivo contra o Avaí e fez questão de travar o clima de euforia por causa da crise no Avaí, que utilizará atletas da base na partida de sábado (15), na Ressacada. Para o meia, mesmo sem objetivos na Série B e em crise, o adversário pode tornar a partida ainda mais difícil. Para ele, enfrentar um time “leve” e sem pressão exige mais atenção do que um confronto direto.

WhatsApp: saiba tudo sobre o Remo

“Eu sempre falo que os jogos com times que não disputam nada, porque não sobem nem descem, são os mais difíceis, porque eles já estão numa etapa do ano que estão relaxados, soltos, com confiança. Às vezes é mais difícil do que ter um confronto direto”, disse Diego.

VEJA MAIS

Remo garante lote de ingressos para torcida no jogo decisivo contra o Avaí pela Série B
Diretoria do Remo solicitou um lote extra de bilhetes ao Avaí, que atendeu o pedido azulino

Remo chega para enfrentar o Avaí como um dos melhores visitantes da Série B
Leão perdeu apenas uma vez nos últimos 12 jogos como visitante e tem a segunda maior torcida fora de casa na Série B

A partida é decisiva. Se vencer e contar com tropeços de Criciúma e Chapecoense, o Remo pode confirmar o acesso à Série A de forma antecipada — algo que não acontece há mais de 30 anos. A expectativa por esse momento levou centenas de torcedores a Florianópolis. A mobilização já é tratada como histórica e deve transformar o setor visitante da Ressacada em um pedaço do Baenão no Sul.

Diego não participou do empate contra o Novorizontino — jogo em que o Remo atuou praticamente os 90 minutos com um jogador a mais. De fora, ele viveu a partida na pressão.

“Sou uma pessoa que quando estou de fora, vivo muito intensamente. Vivi esse jogo de forma muito nervosa e ansiosa, ainda mais porque o Novorizontino começou ganhando”, contou.

Agora, volta com status de peça-chave. Emprestado pelo Botafogo, onde não teve sequência, o uruguaio se firmou como um dos protagonistas do Remo na reta final da Série B, especialmente pela qualidade na bola parada. Ele marcou dois golaços de falta, um deles em clássico contra o Paysandu.

Bola parada como arma decisiva

“Sim, é uma arma que decide partidas. Creio que no futebol de hoje, a bola parada ganha partidas, ganha campeonatos, então espero que possamos seguir assim”, afirmou.

O recurso tem sido uma das principais armas de Guto Ferreira em jogos equilibrados, e deve novamente ser determinante diante de um Avaí que deve atuar com uma equipe misto-base.

Crise no Avaí não muda o foco

A semana do adversário foi marcada por atrasos salariais, protestos e desmobilização. Parte dos atletas profissionais sequer se reapresentou, obrigando o clube a recorrer a alguns jovens do sub-20. Diego, porém, minimiza.

“Temos que focar em nós. O que passa no Avaí é coisa deles. Eles que têm que se preocupar. A gente tem bastante pra trabalhar e fazer”, disse.

Convivência em Florianópolis

A diretoria do Remo decidiu manter o elenco hospedado em Florianópolis durante toda a semana, evitando viagens longas e permitindo maior concentração.

“O que a diretoria fez foi uma jogada muito boa. Estar todos juntos por 10 ou 12 dias é muito bom. Foi o que tinha que ser feito para que a gente cumpra o objetivo”, avaliou o uruguaio.

Diego também comentou sobre o retorno de Caio Vinícius, que volta após suspensão. “Eu, não sei… mas o Caio sim fez muita falta. Tenho falado dele com os companheiros: é um jogador muito importante. Talvez percebemos isso agora. Ele faz o trabalho sujo, o trabalho que não se vê, e isso é o mais importante”, disse.