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CEO do Remo projeta melhor resultado financeiro da história em 2025 e planeja temporada 2026

Gestão profissional e desempenho na Série B fortalecem finanças e impulsionam crescimento do clube azulino

O Liberal

O Remo parece ter reencontrado o caminho da estabilidade. Depois de atravessar anos de turbulência e dívidas, o Leão Azul vive um novo ciclo e 2025 deve consolidar o melhor resultado financeiro da história do clube. Em entrevista ao site MKT Esportivo, o CEO do Remo, André Alves, falou desse novo momento do clube e do que esperar na próxima temporada.

O retorno à Série B não apenas devolveu o Remo ao cenário nacional, como também abriu novas frentes de receita e atraiu investidores. À frente do projeto está o CEO André Alves, que defende um modelo de administração baseado em sustentabilidade e eficiência. O dirigente destacou que a principal mudança foi encarar o clube como uma empresa, sem deixar de lado o vínculo emocional com o torcedor.

Para André Alves, Remo aprendeu a planejar com realismo e a controlar custos, apostando em fontes de renda diversificadas: patrocínios de longo prazo, ações de matchday, produtos licenciados e o fortalecimento do programa de sócio-torcedor.

“O desempenho esportivo é o gatilho, mas o que garante estabilidade é a gestão. Trabalhamos com orçamento realista, contratos seguros e estratégias que não dependem do acesso à Série A”, disse.

Desempenho em campo reflete equilíbrio fora dele

O sucesso dentro de campo também se reflete nas finanças. A conquista do Campeonato Paraense e a boa campanha na Série B aumentaram o engajamento da torcida, que voltou a lotar os estádios e participar ativamente das ações do clube.

“Com o calendário nacional completo, o torcedor voltou a ter futebol de janeiro a novembro. Isso muda o patamar de operação, melhora as experiências no estádio e fortalece o relacionamento com o sócio-torcedor”, falou, André.

Planejamento para o futuro

Mesmo com o bom momento, a diretoria azulina já pensa no próximo passo: aumentar as receitas sem depender exclusivamente da performance esportiva. O clube investe em novas estratégias comerciais, ativação de marcas regionais e licenciamento de produtos, enquanto busca aproximar ainda mais o torcedor por meio de novas experiências.

“Nosso desafio é consolidar a base construída na Série B e ampliar as fontes de receita antes de chegar à elite. A diferença de estrutura entre as divisões é enorme, e queremos estar prontos para esse salto”, avaliou André.

Além das conquistas esportivas, o planejamento do Remo inclui a diversificação de receitas e o fortalecimento da relação com o torcedor.

“Estamos avançando no licenciamento de produtos, reforçando o sócio-torcedor, que ainda pode melhorar muito com novos planos e benefícios. Também estamos estruturando novas estratégias comerciais, ativações regionais e um calendário completo para explorar novas oportunidades”, disse o CEO.

Ele reconhece, porém, os desafios de competir em nível nacional a partir da região Norte.

 

“A diferença entre as Séries C, B e A é um abismo. Por isso, precisamos estar preparados para o próximo passo, consolidando essa base e ampliando as fontes de receita na Série B, sem deixar de pensar no acesso”, destacou.

Modelo de gestão pode inspirar outros clubes

Mesmo diante das dificuldades logísticas e estruturais da região, André Alves acredita que o modelo de gestão adotado pelo Remo pode servir de exemplo para outros clubes do Norte e do Nordeste.

“Fico feliz por participar desse processo e aprender sobre as particularidades da região como logística, clima e distâncias. Nosso legado é mostrar que é possível equilibrar paixão e gestão. O futebol não é uma ciência exata, mas quando se trabalha com planejamento, transparência e responsabilidade, as chances de sucesso aumentam muito”, afirmou.