Vices do Paysandu comemoram acesso e projetam Série B com altos investimentos no futebol
Esse é o pensamento da dupla Roger Aguilera e Fred Cabral, que formaram em 2023 a retaguarda do presidente Maurício Ettinger
O acesso à Série B pôs fim a um drama homérico vivido pelo Paysandu há cinco anos. O visível incômodo por estar numa divisão abaixo de seus títulos nacionais nunca foi um segredo, e depois de garantir o retorno à segunda divisão, a diretoria do clube começa a soltar suas ideias para o futebol em 2024, que incluem a reestruturação total por meio de uma significativa injeção financeira proporcionada pela visibilidade da competição. De acordo com dirigentes, o Paysandu vai para a Série B com o "baludo", já de olho na Série A.
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Pelo menos foi o que garantiu Roger Aguilera, atual vice-presidente do clube e provável candidato da situação à presidência. De acordo com as palavras do próprio Maurício Ettinger, será ele o responsável por conduzir o Paysandu à Série A já em 2025, mas, não sem antes fazer uma Série B em alto nível, com uma base sólida de investimentos que deve alterar significativamente o panorama das contratações arquitetadas pelo futebol bicolor.
"Série B é outro sarrafo e vamos fazer totalmente diferente dos outros anos em que estivemos na série B. Nos últimos anos tentamos pegar jogadores que não conseguimos, tivemos alguns erros e acertos que serviram de lição para não repetirmos no próximo ano. É claro que futebol se resolve em campo, mas demos todo o suporte para eles. Nunca baixamos a cabeça, trabalhamos, fizemos até coisas que não poderíamos financeiramente. Deus honrou a gente nesse momento especial", avalia Aguilera, mirando a nova fase do Papão.
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"A série B é difícil porque tem muito time que já vem estruturado, que tem esse pensamento de começar forte, investindo alto. No entanto, existem pelo menos uns 10 times que começam 'meia boca'. Ao contrário disso, nós vamos começar forte, com um teto maior e uma espinha dorsal de qualidade", promete, em sintonia com o também vice-presidente Fred Cabral. Ambos falaram com os jornalistas logo após a classificação e foram taxativos ao dizer que o único compromisso que o clube quer na Série B é passar por ela em direção ao topo.
Só a cota financeira dos direitos de transmissão deste ano rendeu a cada clube da Série B cerca de 10 milhões de reais, sem contar as bonificações e premiações aos times que chegam na decisão. Entram na conta ainda os patrocínios e renda proveniente dos jogos, venda de camisas e material esportivo, direito de imagem, ações que devem alavancar as receitas do clube. "Caminhada da Série B e a missão pra Série A. Amanhã (domingo) começamos a pensar no trabalho para o ano que vem. Estamos na Série B não é pra não cair, mas, sim para disputar vaga na Série A. Tentaremos fazer um trabalho diferenciado, mas o principal era sair da Série C. O trabalho só começou", conclui Cabral.