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Torcedora do Paysandu diz que nasceu com a alma alvi celeste

Lorena Carvalho, 33 anos, Baterista e estudante de música da UFPA

Lorena Carvalho / Especial para O Liberal

Nasci em Belém e nessa cidade pude nascer com o lado B cravado na alma, uma alma alvi celeste!

Desde que me entendi por gente, um amor incondicional fazia meu coração pulsar, era notória a emoção cada vez que a bola estufava a rede, uma mistura de êxtase e frenesi, então percebi que aquele lobo era responsável por isso. Tão responsável, que a intensidade desse amor está gravada na minha pele.

Filha de pais que torcem para o rival da Antônio Baena, teria todos os motivos do mundo pra escolher o outro lado, porém o bicolor tomou conta de mim. Eu era bem pequena, porém lembro de cada detalhe daquela copa dos campeões: virada em cima do Palmeiras, uma final eletrizante com o Cruzeiro e um título inédito para nossa região. No ano seguinte acompanhei a vitória épica na temida La Bombonera, na ocasião foi via rádio, e mesmo assim as lágrimas desceram.

Uma história de muitas glórias em um passado nem tão recente, porém, que enche de orgulho a fiel bicolor, também passamos por momentos ruins. Entretanto, a existência deles me tornam mais apaixonada ainda, pois você não escolhe ser bicolor, você simplesmente nasce bicolor.

Não vejo a hora de poder gritar na arquibancada, de apoiar meu time mais de perto. Estamos distantes por motivos pandêmicos, mas daqui a pouco voltaremos a nossa Curuzu. “O Paysandu topa qualquer parada, quando perde e por descuido, mas depois vem a virada”.

Paysandu