Rogério Ceni volta a Belém após ter chamado a cidade de 'c* do mundo'
Discussão ocorreu em 2004, quando Vélber atuava pelo São Paulo. O jogador paraense não gostou como o então goleiro do Tricolor se referiu a Belém
O Paysandu enfrenta o Bahia-BA na próxima quarta-feira (30), às 21h30, no Mangueirão, em Belém, pela partida de ida da terceira fase da Copa do Brasil 2025. O jogo marca o reencontro do técnico Rogério Ceni, do Bahia, com a cidade de Belém — local que foi motivo de discussão com o ex-jogador Vélber, ídolo do Paysandu, na época em que atuaram juntos no São Paulo-SP, quando Ceni teria chamado Belém de “c* do mundo”.
Relembre quando Rogério Ceni chamou Belém de 'c* do mundo'
Essa situação ocorreu na temporada de 2004, quando Vélber defendia o Tricolor. O São Paulo teria que jogar na Colômbia, contra o Once Caldas, e, logo na sequência, enfrentaria o Paysandu, em Belém, pela disputa do Campeonato Brasileiro da Série A. Em entrevista ao site GE PA, em julho de 2023, Vélber afirmou que a resposta de Ceni desencadeou uma discussão dentro do avião e o clima não foi dos melhores.
“Antes de conquistarmos a Libertadores (em 2005), viajamos para jogar contra o Once Caldas, na Colômbia (em 2004). Tomamos um gol aos 50 minutos do segundo tempo. O jogo seguinte seria contra o Paysandu, em Belém, pelo Campeonato Brasileiro. Eu estava feliz por ver a família, meus filhos. Eu não sabia que ele estava p*to e perguntei: ‘Rogério, em quantas horas vamos chegar a Belém?’. Ele respondeu: ‘Velbinho, o c* do mundo é longe’. Perguntei: ‘Como o c* do mundo é longe?’, e ele respondeu que Belém é o c* do mundo. Cara, falou de Belém, o bicho pega. Apesar do tamanho dele, mandei ele para longe”, disse Vélber.
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O ex-jogador do Paysandu comentou sobre a discussão e disse que ameaçou Rogério Ceni, mas preferiu não expor publicamente o então goleiro do Tricolor.
“Eu era titular na equipe. Discutimos dentro do avião, mandei ele para longe e falei que, se ele não me respeitasse, eu daria uma entrevista contando o que ele tinha falado. Acabou que ele ficou calado, e eu também não comentei”, afirmou.
Após a discussão e todo o clima criado, Vélber afirmou que essa situação o prejudicou na sequência de sua carreira no São Paulo. Ele citou os valores das multas rescisórias e disse que a diretoria teve que aceitar sua permanência no elenco.
“Depois [da discussão com Rogério Ceni], queriam me afastar do time titular, só que eu ganhava R$ 125 mil e tinha uma multa rescisória de R$ 68 milhões. A multa do Rogério era de R$ 50 milhões. Eu ainda tinha um ano de contrato e disse que eles teriam que me engolir até o término do meu contrato, que eu não era doido de pedir para sair. Disse que, se quisessem me emprestar para qualquer lugar, eu iria, mas o São Paulo teria que pagar”, finalizou.
Carreira no Pará
Vélber iniciou a carreira na Tuna Luso Brasileira, passou pelo Paraná e ganhou destaque no Remo, mas teve uma saída conturbada do clube e atravessou a Almirante Barroso para jogar no Paysandu. Com a camisa bicolor, conquistou títulos e chegou ao São Paulo em 2005. Permaneceu no time paulista até o mesmo ano, quando conquistou os títulos do Paulistão e da Libertadores. Vélber voltou ao São Paulo em 2007, mas foi emprestado ao Remo. O "Risadinha" encerrou sua carreira como jogador em 2016, atuando novamente pelo Paysandu.