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Pênaltis, decisão e 'Baygon'; há 15 anos, Paysandu conquistava seu 41º Parazão

Papão fez a festa no Mangueirão a garantir mais uma taça diante do seu maior rival

Fabio Will

Na noite do dia 3 de abril de 2005, o Paysandu conquistava no Mangueirão, diante do seu maior rival, o seu 41º título estadual da sua história. O Papão derrotou o Remo nos pênaltis e levantou a taça do Parazão. O triunfo do Papão ficou marcado na memória do goleiro Ronaldo e de toda a Fiel Bicolor e acabou lhe rendendo um apelido curioso.

Em 2005 o Papão estava disputando a Série A do Brasileiro e o Remo iria jogar pela primeira vez a Série C. O Paysandu venceu o primeiro turno e o goleiro Ronaldo defendeu três cobranças diante do Remo. Na decisão do returno o Paysandu poderia liquidar a fatura e levantar a taça, mas o empate em 0 a 0 no tempo normal levantou a final para os pênaltis novamente e brilhou a estrela de Ronaldo mais uma vez, há exatos 15 anos.

Nas penalidades, equilíbrio total. O Paysandu perdeu uma com o volante Sandro e o Remo desperdiçou com o goleiro Cristiano, ambos acertaram a trave. Na última rodada da série de cinco pênaltis, o Papão marcou com Donizete Amorim e deixou a responsabilidade nos pés do jogador Barata, recém-chegado do futsal e que subiu para o time profissional, mas o jovem cobrou e Ronaldo fez a defesa, dando o título ao Papão.

Em conversa com a equipe de esporte de OLiberal, Ronaldo bateu um papo descontraído, lembrou do momento de glórias no gol bicolor e do apelido que recebeu após defender o pênalti de Barata.

“Aquela conquista foi especial. É um título que me faz voltar no tempo e olhar o que nós jogadores já fizemos pelo Paysandu. Nesse tempo não tínhamos os estudos que temos hoje, informações, vídeos, alguém te passando as instruções. Nosso treinamento era puxado e buscávamos trabalhar bastante a explosão, a potência. Isso me fez pegar vários pênaltis”, disse.

CONFIRA OS PÊNALTIS DA FINAL DO PARAZÃO 2005


Ronaldo não era um jogador de falar muito, mas gostava da famosa resenha dos jogadores e após pegar o pênalti de Barata, ganhou um apelido inusitado dos torcedores e jogadores.

“Fomos campeões e torcida e companheiros de time me chamavam de ‘baygon’ (inseticida), o ‘mata barata’, em alusão ao nome do jogador do Remo. Entrei na brincadeira e levei na esportiva”, falou.

Ronaldo se aposentou do futebol em 2012 no Paysandu. Atualmente é um dos preparadores de goleiros do Bicola e faz parte da comissão técnica permanente do clube.

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