Paysandu: após eliminação no Parazão, Márcio Fernandes pede desculpas à Fiel e explica substituições
Treinador foi bastante criticado por mudanças na derrota para o Águia, no estadual.
"A gente não previa isso". Foi assim que o técnico do Paysandu, Márcio Fernandes, avaliou as substituições feitas na equipe bicolor na derrota para o Águia de Marabá, na semifinal do Parazão. De acordo com o treinador, o Azulão garantiu vaga na decisão do estadual em cima de espaços criados pelo Papão, que não teve jogadores, segundo o comandante alviceleste, na plenitude física e técnica.
"Previamos que seria uma partida que teríamos mais a bola. Nesse caso, mesmo com uma marcação frouxa, você faz os adversários correrem mais, atrás de você. A dupla de meias que colocamos (Ricardinho e Fernando Gabriel) tinha como função municiar o Mário [Sérgio] e o Vinícius [Leite]. No entanto, a partir dos 30 minutos, tivemos um decréscimo grande", conta.
Ainda sobre o mesmo tema, Márcio continuou: "Nesse momento de desvantagem levamos o primeiro gol. Tentamos detectar isso e fizemos mudanças pra ganhar fôlego, mas quando as coisas não saem quando pensamos, fica complicado", explicou.
De acordo com Márcio, alguns jogadores renderam abaixo do esperado pela comissão técnica. Um deles, segundo Márcio, foi o volante Giovane, que teve o posicionamento adiantado no segundo tempo. Além disso, ele explicou que Ricardinho e Fernando Gabriel, substituídos no intervalo, saíram por questões físicas.
"Acho que ficou distante do esperado (desempenho do Giovane). Ficou fácil no segundo tempo para a marcação do Águia. Sei que o torcedor está chateado, peço desculpas, mas só quem tá dentro do vestiário sabe o quanto trabalhamos para ter a melhor equipe possível dentro de campo. Fernando [Gabriel] e Ricardo (Ricardinho), por exemplo, saíram no intervalo sentindo dores e desgastados", explica.
Derrotado na semifinal, o Paysandu terá de jogar a disputa do terceiro lugar do estadual. O duelo, contra o perdedor de Remo e Cametá, dará ao vencedor uma vaga na Copa do Brasil de 2024. As datas das partidas ainda não foram divulgadas pela FPF.
Veja outros trechos da entrevista de Márcio
Substituição do Roger
"Quando colocamos ele no segundo tempo, tínhamos uma ideia. Mas, no final do jogo, precisávamos de um batedor de pênalti. O Roger não bateria pênalti, então colocamos o Samuel [Santos], que treina sempre. Acabou que as cobranças nem foram ao final e o Samuel não bateu".
Desculpas à torcida
"A vida de treinador é complicada. Quando você 'acerta' uma substituição, depende do jogador também. Você pensa em alguma coisa, mas elas podem não saírem como o esperado. Aí (depois da derrota) vem as críticas, que são naturais pela grandeza do Paysandu. Pode ter certeza que quem mais sente essa derrota somos nós. A gente trabalha pra dar tudo certo, mas quando não acontece, ficamos chateados"