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Paysandu: advogada explica suspensão de Nino Paraíba e diz que pena do jogador pode ser diminuída

Segundo Ana Carolina Britto, acordo que o jogador fez com MP não é interfere no julgamento pela Justiça Desportiva.

Caio Maia

O Paysandu foi pego de surpresa na última semana com a suspensão do lateral-direito Nino Paraíba. Envolvido em um esquema de manipulação de resultados por meio de apostas, o jogador fez um acordo com o Ministério Público-GO (MP-GO) e atuou como delator no caso. O atleta esperava que o contrato o livrasse de uma pena maior na Justiça Desportiva, mas não foi o que aconteceu.

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"Independentemente do acordo que ele tenha feito na esfera cível, isso não interfere na punição desportiva. No caso, como ele fez um acordo com o MP, o prêmio da delação seria ele não ser preso. Outros jogadores que não fizeram acordos podem e devem ser punidos criminalmente. Se por ventura ele confundiu os acordos, deve ter havido um desentendimento entre ele e a defesa. Mas uma coisa não tem nada a ver com a outra", disse a advogada.

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Após a sentença, a defesa de Nino, apoiada do jurídico do Paysandu, tenta recorrer da decisão em uma instância superior. De acordo com Ana Carolina Britto, uma mudança de pena é possível. No entanto, é quase que impossível imaginar que o jogador seja totalmente absolvido das acusações.

"O Nino pode alegar que é um jogador experiente, disciplinado e que o envolvimento na atividade criminosa foi algo isolado. Até a realização de um acordo com o MP pode ser usado na argumentação da defesa. No entanto, é muito improvável que ele seja absolvido. Acredito que a punição deva ser diminuída, já que é o que ocorre na maioria dos casos", explicou.

Nino Paraíba tem 37 anos e foi contratado pelo Paysandu em julho. Com a camisa bicolor, o jogador atuou apenas em um jogo, diante do América-RN, quando atuou durante todo o segundo tempo. O período de suspensão do atleta é, aproximadamente, de 1 ano e 4 meses.

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