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Painel tático: como Roberto Fonseca pode reorganizar o Paysandu na era pós-Eutrópio

Novo treinador bicolor gosta de variar entre o 4-2-3-1 e o 4-1-4-1 no momento ofensivo

Caio Maia / Especial para O Liberal

Quando o Paysandu anunciou, na última segunda-feira (26), a demissão do técnico Vinícius Eutrópio, o torcedor teve a sensação de que ela ocorreu na hora certa. Devido a nova restrição para a contratação de treinadores na Série C, o Papão não poderia usar o único cartucho que tinha muito cedo.

Com a mudança de turno, veio um novo treinador. Roberto Fonseca, ex-Londrina, escolhido para comandar a equipe bicolor até o final da temporada. No entanto, a mudança na comissão técnica se justifica muito mais no quesito motivacional já que, taticamente, Fonseca não deve trazer nada de novo ao Papão

Quem se lembra da "honestidade tática", característica da Seleção Brasileira nos Jogos Olímpicos, apresentada no Quadro Tático do último sábado (24), vai entender melhor como funcionam as equipes treinadas por Fonseca. Do meio pra trás as "conversas" e coberturas entre jogadores da mesma posição funcionam, deixando o time taticamente consistente. O problema mesmo está do meio pra frente.

O novo treinador gosta de variar entre um 4-2-3-1 e um 4-1-4-1 no momento ofensivo, assim como Eutrópio. As equipes geralmente marcam em "bloco baixo", esperando o adversário próximo ao meio-campo. No momento defensivo, é formado um 4-4-1-1, com o objetivo de ampliar a área de domínio sobre o adversário.

Para a armação de jogadas, Fonseca gosta de um centroavante mais móvel e de um "camisa 10", algo que o Paysandu ainda não tem e precisará buscar no mercado. Entre os volantes, há compensações - um avança e outro fica, como deve ser.

O problema está nas pontas. Não há muitas "conversas". Os jogadores mais abertos do time de Roberto Fonseca costumam sempre cortar para o meio. Não existe um movimento recíproco, coordenado. Dessa forma, as equipes do treinador paranaense acabam sendo previsíveis na frente e facilmente desmanteladas.

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