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Longe de casa, volante do Paysandu pensa em homenagem para a mãe: 'Ter a sorte de fazer mais um gol'

A relação de Elyeser com dona Marluce é tão grande que a fez deixar de ter simpatia pelo Remo e torcer para o Paysandu

Andreia Espírito Santo

O volante Elyeser, de 30 anos, saiu de casa com 12 anos para seguir o sonho de ser jogador de futebol, sempre com o apoio da mãe, dona Marluce Maciel da Silva, de 66 anos. Nascido em Abaetetuba (PA), o jogador foi contratado pelo Paysandu para a temporada 2021. É a primeira vez que ele joga em um time paraense. Ele conta como foi voltar a terra natal e como foi a recepção da família, em especial, da mãe. 

"Nossa relação sempre foi muito boa. Minha mãe tem um coração bom. Uma das pessoas mais importantes da minha vida. Eu peço conselho, é coluna de oração, uma mulher sábia, tenho ela como exemplo importante na minha vida. Ficou muito feliz. Porque saí de casa com 12 anos e ela nunca viu o filho atuar perto dela. Sempre quando ia me visitar nas cidades onde morava que ela via um pouco da minha história e rotina. Para ela está sendo uma sensação boa e vendo notícias todos os dias. Isso para mim é motivo de muita alegria", comenta. 

TROCA DE CLUBE

A história do amor de dona Marluce pelo filho foi além. Elyeser conta que a família inteira, exceto a mãe, é de torcedores do Paysandu. Dona Marluce tinha uma simpatia pelo maior rival do bicola, o Clube do Remo. No entanto, ela mudou de lado quando Elyeser foi contratado pelo Paysandu.

"É até uma situação um pouco engraçada. Toda a minha família torce para o Paysandu e minha mãe tinha uma simpatia pelo Remo. Só porque depois que eu fui contratado ela começou a me pedir uma camisa. Começou a vibrar na frente da TV nos jogos. Eu falei então que o coração deveria ser azul celeste, que estava na hora de mudar. Foi então que ela mandou mensagem e disse que por causa de mim ela iria torcer para o Paysandu e mudar de camisa", relata. 

FELICIDADE image Volante bicolor espera homenagear a mãe com uma grande atuação neste domingo (Cláudio Pinheiro)

Dona Marluce relata que ao saber do retorno do filho ao Pará ficou muito feliz. Ela diz que apoiou o filho do início ao fim e mudou o coração de azul escuro para o celeste. 

"Procuro entender o lado profissional dele e nos comunicamos por vídeo quando ele não está presente. Fiquei muito feliz pela contratação do meu filho, para mim é uma honra depois de ter passado por vários clubes fora e estar de volta ao Pará, ainda mais sendo no clube do coração de toda a família. É um privilégio, estou muito feliz e visto hoje a camisa com muito orgulho em todos os jogos para apoiar meu filho e meu esposo. Meu coração hoje é azul celeste", conta, sorridente, a mãe do volante. 

HOMENAGEM 

Neste domingo, Elyeser não vai estar perto da mãe, pelo menos no almoço, algo tradicional do dia. O Paysandu enfrenta o Castanhal, às 15h30, no Maximino Porpino, e o jogador vai estar concentrado até o horário do confronto. Ele espera conseguir homenageá-la de alguma forma, quem sabe, voltando a fazer gol, igual ocorreu na partida da semana passada. 

"No futebol a gente sabe que há muitas concentrações, viagens e jogos. E ela sabe que meu maior objetivo é conquistar esse título e nós falamos sobre isso. Ela entendeu perfeitamente por eu não estar no dia com ela. Só que logo pela manhã vou fazer uma chamada de vídeo porque quero desejar feliz dia das mães porque ela é muito especial para mim. Claro que eu espero que neste domingo eu possa ter a sorte e oportunidade de fazer mais um gol e quero desejar para ela e todas as mães bicolores do Pará e do Brasil. Espero que a oportunidade aconteça para que no domingo todas as mães estejam felizes", comenta. 

A primeira partida da semifinal entre Castanhal e Paysandu vai ter transmissão lance a lance em OLiberal.com

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