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Há 16 anos, Paysandu estreava em Belém pela Libertadores; Ronaldo relembra: "Bate uma saudade"

Goleiro do Papão na campanha reviveu o empate com o Cerro Porteño, no Mangueirão

Fábio Will

Há 16 anos, o Papão estreava diante da Fiel Bicolor na Taça Libertadores da América. No dia 6 de março de 2003, o Paysandu encarou a equipe do Cerro Porteño, do Paraguai, pela segunda rodada do grupo. Pela primeira vez, o Mangueirão recebia um jogo da maior competição de futebol das américas e o empate em 0 a 0 com o time paraguaio não decepcionou os bicolores. 

Um dos jogadores do Paysandu que participou daquela partida foi o goleiro Ronaldo Willis. Hoje com 43 anos, o “paredão” do Papão na Libertadores e atual integrante do quadro de preparadores de goleiros do clube, lembra com orgulho do momento em que defendeu o gol alviceleste e disse que a primeira partida diante da torcida foi especial.

"Nós não nos abalamos com o empate em Belém, pois vínhamos de uma vitória fora de casa (2 a 0 sobre o Sporting Cristal-PER). Foi um resultado que não esperávamos, pois criamos uma expectativa de jogar com a nossa torcida, mas nenhum momento pensamos que aquele 0 a 0 fosse influenciar na nossa classificação", comentou. 

Relembre melhores momentos da campanha do Papão na Liberta!


TORCEDOR

O Paysandu até hoje é o único clube do Norte a disputar a Taça Libertadores e o primeiro jogo em casa tinha um sabor diferente para todos, principalmente para o torcedor, que teve a oportunidade de assistir no Mangueirão. Ronaldo lembrou que o torcedor ainda estava desconfiado com o time, sem acreditar na classificação, porém, empolgado com a vitória fora de casa diante do Sporting Cristal.

"O torcedor não criou uma expectativa grande na nossa campanha na Libertadores. Nós fomos conquistando a confiança deles aos poucos, no decorrer da competição. Foi um resultado que não deixou o torcedor chateado ou com um sentimento de cobrança”, disse. 

SAUDADE

O ex-goleiro do Bicola sente saudade da época do Papão na Libertadores e frisou o orgulho de ter marcado o nome na equipe de uma maneira em quem apenas um grupo seleto teve essa oportunidade. 

“Bate uma saudade porque o próprio torcedor foi conhecendo ali um Paysandu forte, com um plantel de muita qualidade. Isso dentro da própria Libertadores, mais até do que durante a nossa preparação que foi no Parazão, onde fomos desclassificados pelo Águia na Curuzu”, contou

QUALIDADE DA EQUIPE

Segundo Ronaldo, o time da Libertadores foi um dos melhores que o Paysandu já teve. Para eles, o diferencial da equipe era o poder de conduzir a bola, principalmente com atletas com raízes paraenses. 

“Foi um grupo de qualidade. A capacidade de jogar com a bola era grande, pois sabemos que o futebol evoluiu pelo lado físico e com uma intensidade alta. Nós conseguimos mesclar isso. Nossa equipe conseguia marcar e sair com a bola no pé, principalmente com jogadores diferenciados como era o caso do Lecheva, Sandro, Vélber, Iarley e Robgol, nosso ‘matador’”, concluiu.

Paysandu