Dívidas, atrasos de pagamentos e novas ações na justiça. Paysandu luta para manter as contas em dias
Presidente confessou que a situação financeira do clube é ruim
Fora do G-4 da Série C, mas na briga por uma vaga na próxima fase, o Paysandu vive um momento complicado fora de campo. Atraso no pagamento de dívidas trabalhistas, ex-jogadores colocando o clube na justiça e dificuldade de honrar os compromissos.
Em entrevista ao repórter Agripino Furtado, da Rádio Liberal AM, o presidente bicolor abriu o jogo com o torcedor e falou das dificuldades que vem enfrentando ao comando da direção do time alviceleste.
JUSTIÇA DO TRABALHO
Ricardo Gluck Paul falou um pouco da situação do time bicolor. As dívidas com o ex-jogador Arinelson e também do atacante Bruno Veiga, incomodam, mas segundo o mandatário é administrável.
“O Bruno Veiga é uma questão histórica. Situação antiga, que deu origem na contratação dele e depois foi feito um acordo. O Paysandu paga R$20 por mês e não temos problema com Bruno Veiga, pois estamos pagando as parcelas, com dificuldades, mas estamos pagando. Atrasa 15 dias, o jogador cobra, explicamos e estamos levando. Essa dívida acaba em janeiro de 2020 e ficaremos livres, assim como o Arinelson, que era uma dívida gigante, e que encerra em dez meses, com parcelas de R$60 mil. É necessário responsabilidade quando vamos demitir jogador, para que não vire uma nova dívida. O clube possui uma dificuldade financeira grande, e isso reflete nos compromissos de outras gestões, de novos atletas e essa demanda temos que trabalhar”, disse.
DÍVIDAS E SOLUÇÃO
O mandatário bicolor possui um plano para diminuir essa dificuldade do Papão e contrai uma dívida “saudável” para os cofres do clube.
“O Paysandu precisa de uma operação bancária, para que o clube possa adquirir fôlego de curto prazo, para honrar uma série de compromissos e gerar uma nova dívida, mas uma dívida sadia. Pagávamos R$54 mil por mês para honrar as dívidas da 6ª vara de justiça, que concentrou uma série de acordos trabalhistas. Ela acabou e o Paysandu passou cinco anos pagando esse valor. Agora vai somando... R$54 mil, mais R$60 do Arinelson, mais R$20 do Bruno Veiga, a parcela do Jóbson (que já encerrou), e estamos sendo asfixiado por essas dívidas”, frisou.
RECUPERAÇÃO NO MERCADO
Com a queda para a Série C, oclube perdeu receitas importantes. O presidente do Papão trabalha para recuperar a confiança do torcedor, que se afastou e impactou diretamente na receita do clube.
“Temos que recuperar receitas que tínhamos antes, pois tivemos uma queda muito forte de receita de sócio-torcedor, que caiu pela metade do ano passado para este ano e o consumo nas Lojas do clube”, salientou.Redação