Reforços do Paysandu: quem vingou e quem não rendeu desde a janela de julho
Papão trouxe dez atletas na última leva de contratações; alguns viraram titulares, outros já perderam espaço. Na atual janela, até o momento, foram apenas duas contratações.
A janela de transferências da Série B se encerra no próximo dia 2 de setembro e, até aqui, o Paysandu anunciou apenas dois reforços: o meia Carlos Eduardo e o atacante João Marcos. O cenário é bem diferente da janela extra do Mundial, em julho, quando o clube trouxe dez jogadores de uma vez, em movimento articulado pelo diretor de futebol Frontini. Em entrevista recente, o diretor classificou como apostas como um sucesso e disse que se esforçaria para manter o padrão de contratações nesta janela atual. Mas, avaliando reforço a reforço até aqui, será que todos cairão nas graças da torcida? Confira abaixo as avaliações feitas por O Liberal:
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Ronaldo Henrique foi um dos primeiros nomes anunciados. O volante chegou em baixa, após meses sem jogar no Avaí, mas conseguiu recuperar espaço. Atuoso em nove partidas, algumas vezes como capitão, mostrando boa saída de bola e marcação. Apesar de não conseguir manter constância física para atuar os 90 minutos, se consolidou como peça útil no rodízio do meio-campo, ainda que sem status de protagonista.
Wendell Jr. teve destino diferente. Destaque do Itabaiana, na Série C, não conseguiu espaço no time de Claudinei Oliveira. Foram apenas três jogos, sempre entrando no fim, sem impacto relevante. A tendência é que sua passagem pelo clube seja curta, já que dificilmente continuará até 2025.
Petterson também não conseguiu emplacar. Emprestado pelo Flamengo, o atacante ficou marcado logo na estreia, quando perdeu um gol feito contra o Cuiabá. Depois, teve minutos escassos em apenas mais uma partida e praticamente não foi mais utilizado. A relação com a torcida ficou abalada desde o início, e ele deve se despedir sem deixar saudade.
Thiago Heleno chegou cercado de expectativa, era um desejo antigo de Roger Aguilera. Ídolo no Athletico-PR, desembarcou em Belém com status de “xerifão” para resolver os problemas defensivos. Aos 36 anos, demorou a entrar em ritmo, mas aos poucos vem ganhando minutos. São quatro jogos até agora, dois como titular. Ainda não é uma referência esperada, mas pode crescer com a sequência.
Denner foi uma das apostas certas. Contratado do Anápolis, que disputou a Série C, o meia mostrou qualidade e regularidade. Atuou em todas as 11 partidas desde a sua chegada, variando entre titular e opção para o segundo tempo. Inteligente na armação e com bom passe, foi peça importante na série invicta do tempo.
Diogo Oliveira é o grande nome dessa leva de reforços. Com seis gols em 11 partidas, o centroavante assumiu a responsabilidade de substituir Nicolas e rapidamente conquistou a torcida. Decisivo no clássico RexPa, onde marcou o segundo gol da vitória bicolor em seu jogo pelo clube, virou uma referência ofensiva, o homem-gol. A condição física ainda preocupante, por conta de uma lesão antiga, mas dentro de campo se firmou como titular absoluto.
Maurício Garcez também caiu nas graças da torcida. Veloz, habilidoso e incisivo, a ponta-esquerda se destacou desde a estreia, já com gols e assistências. Ao lado de Diogo, formou dupla perigo e trouxe criatividade ao ataque. Foi uma das contratações mais elogiadas de Frontini.
Anderson Leite cumpriu o papel esperado. Volante de boa marcação e chegada ao ataque, veio do Guarani e rapidamente se encaixou no meio. Já soma 10 jogos, um gol e se firmou como opção confiável. Não é protagonista, mas é considerado certo.
Thallison foi surpresa positiva. Emprestado pelo Coritiba, o jovem zagueiro de 23 anos assumiu a titularidade de imediato e não largou mais. Jogou 11 partidas, quase todos os 90 minutos, transmitindo segurança à defesa. É visto como um dos melhores reforços e já desperta desejo de permanência para a próxima temporada.
Vinni Faria começou bem, mas perdeu espaço. Foram sete jogos, três como titular, sem gols ou assistências. Apesar da velocidade, não conseguiu se firmar como opção preferencial de Claudinei. O futuro ainda é incerto, mas a tendência é que deixe dúvidas sobre sua continuidade.