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Dia das Mães: paixão pelo futebol reúne famílias no Re-Pa da final do Parazão

Final do Parazão entre Remo e Paysandu será celebrada por mães e filhos 

Aila Beatriz Inete

Quis o destino — motivado pela paralisação da competição, em março — que a decisão do Campeonato Paraense fosse realizada em uma data simbólica e muito importante: o Dia das Mães. Com isso, o Estádio Mangueirão, palco do segundo duelo entre Remo e Paysandu, deve receber muitos torcedores e mães celebrando o momento de um jeito bem diferente do tradicional.

Glatys Leal, mãe de Victor Leal e torcedora do Papão, é uma das que estarão no estádio para torcer pelo clube bicolor e comemorar a data ao lado do filho. O jogo é ainda mais especial porque será o primeiro Re-Pa dela — e tudo o que ela quer é aproveitar o momento em paz.


"Espero que seja tudo em paz. Que todos que estejam no estádio estejam com o coração aberto, principalmente porque é Dia das Mães, uma data bem importante. Então, eu quero que seja tudo tranquilo", desejou Glatys.

Quem também vai aproveitar o Re-Pa do Dia das Mães são Sandra Batista e Sinara Reneé. Além do laço materno de mãe e filha, as duas compartilham a paixão pelo clube azulino e, neste domingo (11), estarão no Mangueirão para acompanhar, quem sabe, o 48º título paraense do Leão Azul.

"O futebol sempre fez parte da nossa família. Em muitos momentos, eu fico mais em êxtase com o clube do que os meus pais. Mas fico muito feliz de poder viver isso com ela, compartilhar essa paixão", destacou Sinara Reneé.

Conexão

Sinara aprendeu a gostar do Leão Azul vendo a mãe e a família torcendo pelo time. Desde criança, foi influenciada e se tornou uma apaixonada pelo Remo. A paixão pelo clube foi algo passado de geração em geração, já que toda a família de Sandra também é remista fanática.

Com isso, o futebol vai além de ser apenas um esporte: é uma forte ligação entre mãe e filha.

"O futebol é uma paixão incondicional. Já passei por momentos difíceis de saúde, então o futebol faz com que você esqueça esses momentos. Quando vai ao estádio, abraça até quem não conhece. É uma troca de afetos. Acho que o futebol tem essa facilidade de fazer você interagir com pessoas desconhecidas e com seu filho, que é o amor principal", declarou Sandra.

Victor também aprendeu a amar o Paysandu ainda na infância. Além da influência da família, nos anos 2000 o time bicolor vivia sua melhor fase, com conquistas nacionais e até participação na Libertadores. Assim, foi fácil escolher a equipe. Mas, além da torcida, o Bicola representa uma forte conexão com a mãe.

Graças a ele, Glatys começou a ir ao estádio acompanhar os jogos do Paysandu há cerca de cinco anos. Victor mudou o cenário, e os dois passaram a fortalecer a relação nas partidas do Papão.

"Já faz mais de 10 anos que não moro com ela. Então, nos finais de semana, encontrei algo para a gente se reunir. Chamei-a para ir ao estádio. Quando vamos, chegamos cedo e curtimos o dia inteiro", relatou Victor Leal.

Expectativa e afeto

Neste domingo, o Paysandu terá a missão de reverter o placar de 3 a 2 sofrido no primeiro jogo. Apesar da fase difícil, mãe e filho bicolores estão confiantes de que o resultado será positivo.

"A gente está confiante de que vamos conseguir reverter o placar. E tem toda a questão do Dia das Mães, então temos esperança... Espero que seja algo seguro para todos nós, feliz, alegre e que a gente consiga vencer", finalizou Victor.

Para Sandra, o Re-Pa será mais um momento para colecionar memórias com a filha. "Nós estamos colecionando memórias. É isso que a gente leva da vida: histórias para contar. E acredito que esta vai ser uma das principais. Vou estar perto da minha filha, em um lugar que amamos estar, torcendo pelo time que escolhemos amar", afirmou.

Remo e Paysandu se enfrentam pela 778ª vez na história — este que é considerado um dos clássicos mais disputados do mundo. Neste domingo (11), a partir das 17h, no Mangueirão, a redenção chegará para um dos clubes: seja para o Leão Azul, que não teve um início de temporada brilhante, ou para o Papão, que está há nove jogos sem vencer.

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