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Ex-nadadora paraense relembra participação histórica em Olimpíada

Em 1988, Mônica Rezende esteve nos jogos de Seul, na Coreia do Sul

O Liberal
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A Olimpíada é um momento único na vida de um atleta. Apesar do momento difícil que o mundo está passando, os Jogos chegam para invadir as casas de momentos emocionantes e inesquecíveis. A ex-nadadora Mônica Rezende, de Belém, viveu, há 33 anos, de perto o sonho olímpico. Em 1988 a paraense sentiu em Seul, na Coreia do Sul, o que chamou de momento mágico.

“Foi uma emoção tão grande, eu nunca senti uma sensação tão boa. Tudo parecia um sonho. Aquele momento que eu vivi foi mágico e até hoje eu recordo que foram os melhores tempos que eu dei na minha vida”, relembrou Mônica, que revelou que desde pequena sonhava em ir para os Jogos e quando conquistou a vaga do 4x100 livre, foi "inacreditável". “O encantamento dá muito mais força, para tu estares ali e fazeres o teu melhor. Então, era isso que eu queria. Eu sempre sonhei em estar lá e quando eu estive, dei o meu melhor”, relatou Mônica.

image Ex-atleta parou de competir por causa da exclusão do time feminino para os Jogos de 92 (Sidney Oliveira / O Liberal)

O recorde 

Naquele ano, foi a primeira vez que a prova de 50m livre foi realizada. Logo na primeira série estabeleceu um recorde olímpico; a segunda bateria foi melhor e na terceira, a de Mônica, ela lembra que pensou: “Esse tempo é melhor do que o meu, mas é próximo, pode ser que eu consiga. Então, é cair na água para fazer o teu melhor. E foi o que eu fiz”. A nadadora venceu a bateria e estabeleceu um novo recorde olímpico, de 27s44. 

Mesmo que na série seguinte outra nadadora tenha batido o tempo da paraense, para ela foi incrível. “Naquele momento eu não sabia que o meu nome ia ficar eternamente no livro dos recordes, eu não tinha essa ideia. Eu só estava feliz por ter conquistado o primeiro lugar naquela bateria e ter feito o meu melhor” afirmou.

Falta de atletas

Hoje o estado não tem muitos representantes na natação. Para Mônica, os pais precisam motivar os seus filhos, para que eles entendam a importância do esporte para a vida e para a saúde. Além disso, ela ressalta que todos os atletas precisam de um ídolo. 

“Na época em que eu nadava tinham vários ídolos que eu gostava de ser igual. E quando esse ídolo está mais perto, na tua cidade, na tua região, acredito que isso facilita muito para que aquele jovem tenha mais interesse em participar, veja que aquilo é possível”. 

image Homenagem do Clube do Remo a Mônica (Sidney Oliveira / O Liberal)

Aposentadoria

Nos Jogos seguintes, Mônica tinha índice para participar das Olimpíadas de 1992, em Barcelona, mas foi impedida pelo Comitê Olímpico Brasileiro (COB), que não levou uma equipe feminina. “Eu fiquei muito desiludida, porque você treina, consegue pegar o índice e o Brasil não leva porque achava que não ia ter premiação. E eu acho que você desenvolve o esporte não só com medalhas, mas com resultados expressivos que o atleta pode conseguir”, concluiu Mônica, que por conta desse episódio, parou de nadar. 

Para esse ano, a ex-atleta acredita que o Brasil pode conseguir medalhas no revezamento masculino de 4x100 livre, 50m livres, com Bruno Fratus, e torce para que Etiene Medeiros consiga um pódio, e assim, para que cada vez mais mulheres e jovens tenham mais espaço na modalidade. 

(Aila Beatriz Inete, estagiária, sob supervisão de Pedro Cruz, coordenador do Núcleo de Esportes)

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