Remo e Paysandu extinguem suas equipes de handebol por falta de dinheiro
Decisão das diretorias gira em torno da redução de gastos. A posição dos clubes foi surpreendente para os treinadores Mel Correa (Remo) e Davina Gadelha (Paysandu)
Remo e Paysandu, os clubes mais tradicionais do esporte paraense, caminham juntos em todos os sentidos, até mesmo na contenção de despesas. Os problemas financeiros, porém, não atingem tão somente aos cortes de funcionários. Nesta segunda-feira (28), os clubes encerraram os seus respectivos departamentos de handebol.
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A reportagem de OLiberal.com falou com os presidentes Fábio Bentes (Remo) e Ricardo Gluck Paul (Paysandu) sobre a extinção do handebol, modalidade que por muitos anos vivenciaram bons momentos aos clubes e agora fazem parte do passado de cada um, sobretudo no Papão, onde a categoria feminina sai de cena com a façanha de dez titulos consecutivos.
O Remo tinha apenas o handebol masculino e chegou ao clube há três anos levado pelo professor Messil Correa (Mel). Enquanto teve vida no Serra Freire, o handebol azulino participou de eventos nacionais e internacionais e conquistou títulos.
O presidente do Leão, Fábio Bentes, lamentou e explicou a decisão: "O handebol era um esporte recente no clube e gerava despesa e pouca receita. Infelizmente estamos numa situação de contenção de despesas e achamos melhor extinguir a modalidade", avaliou. Bentes aproveitou para informar que o futsal e o futebol americano continuam com suas atividades normais, desmentindo as extinções que vinham sendo badaladas nas redes sociais.
O técnico Messildo Correa, o professor Mel, disse que foi surpreendido pela posição da direção de Remo. "Ao longo de três anos conseguimos ficar entre os oito melhores do Brasil em um universo de 400 clubes. Lamentamos muito e acrescento que neste período o clube não fez nenhum investimento. Acabar com a modalidade não é solução para o problema. Assim como entrei, saio de cabeça erguida. Vamos para outro clube trabalhar pelo handebol", destacou.
O handebol no Paysandu vem desde 2004 sob a direção da professora Davina Gadelha, que também foi demitida do quadro do quadro de funcionários do clube. "É aguardar o futuro. Seguir os caminhos de Deus em busca de coisas melhores. Ninguém pode ir contra a decisão máxima do clube. No Pará é assim: clubes não valorizam os esportes amadores", finaliza.
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