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Projeto em pauta na Alepa incentiva o breaking, nova modalidade olímpica que tem paraense referência

Aos 25 anos, Leony Pinheiro é bi campeão mundial e integra a Seleção Brasileira com outros três paraenses. Esporte fará sua estreia olímpica nos jogos da Paris, em 2024

O Liberal.com

A Assembleia Legislativa do Pará (Alepa) realizará no dia 18 de abril sessão especial para debater políticas públicas em apoio ao desenvolvimento do breaking, a nova modalidade olímpica a partir das Olimpíadas de 2024 na França. A programação, que acaba de ser anunciada a O LIBERAL pelo deputado Raimundo Santos (Patriota), autor da proposição, terá a participação de representantes de esferas de governo e de integrantes de grupos de breaking, entre outros convidados. 

Na ocasião, será colocado em pauta o que prevê o projeto de lei 57/2022, que institui o Programa Estadual de Formação de Campeões do Breaking, apresentado na Alepa pelo parlamentar no dia 22 de fevereiro. A ideia central com o PL é fazer do Pará a principal referência nacional na formação de atletas “campeões” para Paris e Jogos Olímpicos seguintes. 

Neste contexto, o principal representante da modalidade esportiva no estado é o b-boy Leony Pinheiro, 25, bi campeão mundial e integrante da seleção brasileira com mais três conterrâneos – os b-boys Kley e Kapu e a b-girl Mini Japa. Leony, considerado um dos principais nomes nacionais do esporte, conquistou o título do “Breaking do Verão”, evento internacional realizado no Rio de Janeiro no dia 20 de fevereiro. “Vejo no breaking um potencial enorme no aspecto social e esportivo”, disse o autor do projeto, confiante na aprovação do governador Helder Barbalho. Se aprovado, envolverá em sua execução pastas como Cultura e Esportes do Poder Executivo, além de incluir prefeituras.

Leony Pinheiro, que elogiou a iniciativa parlamentar, afirmou que atualmente há pelo menos de dez a doze nomes de b-boys e b-girls de alto nível em solo paraense, que podem integrar a seleção brasileira. Ele declarou que o Estado “já é referencial nacional no breaking”, e que “tem tudo para ser a principal referência” na modalidade do País, durante os jogos de Paris, daqui há dois anos, com chances reais de medalhas de ouro. “Com absoluta certeza, não tenho dúvida nenhuma disso”, assegura.

Residente no bairro do 40 Horas, em Ananindeua, município da Região Metropolitana de Belém (RMB), Leony disse, no entanto, que ainda falta infraestrutura para a prática da modalidade no Pará. “As condições não exigem altos investimentos, basta um piso satisfatório e [equipamento de] som”, resumiu, embora chame a atenção para a necessidade de apoio por meio de bolsas financeiras a grupos e dançarinos de breaking e também de logística para a realização de competições e deslocamentos, entre outros fatores que devem ser observados. 

“O breaking é parte integrante do movimento hip hop e que está ganhando uma projeção maior agora por causa das Olimpíadas da França em 2024, mas tem um potencial enorme por tudo o que representa”, enfatizou ele, que prefere ser chamado de “b-boy” que de “atleta”. “Sou um b-boy, gosto de ser chamado assim. O breaking é a minha vida, o meu amor. Hoje não tenho outra atividade, vivo disso, mas outros b-boys e b-girls não têm essa mesma condição e isso precisa de uma atenção especial”, aponta.

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