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Projeto de boxe ‘Nocaute na Violência’ reúne mais de 100 atletas na primeira edição de 2021

O evento contou com apoio da Policia Militar, a homenageada pelo programa

Braz Chucre

O projeto social de boxe ‘Nocaute na Violência’ teve a primeira edição de 2021 no realizada no último domingo (27), no espaço da Hang Burgs, na Cidade Velha. Foram realizadas 29 lutas com participações de atletas da capital e interior, no feminino e no masculino. O evento foi conduzido pela ADZB que cuidou de todos detalhes para segurança epidemiológica dos atletas e do público.

Com apoio da Policia Militar, entidade homenageada pela coordenação, os atletas ouviram o Hino Nacional sob os acordes da banda musical da PM. A corporação também distribuiu lanches e água para os atletas.

O titular da Diretoria de Polícia Comunitária e Direitos Humanos (DPCDH), coronel Elson Luiz, representou o Comandante-geral da PM, Ce. Dilson Jr. O chefe da Casa Civil Iran Lima foi o representante do Governo do Estado.

O programa fez homenagem a figuras que prestaram relevantes serviço ao boxe paraenses. Nilda Neves, por exemplo, foi a primeira pugilista mulher a representar o Estado em competições. Nascida no bairro do Jurunas, desenvolveu sua técnica com Zezé do Boxe, a quem tem enorme carinho. “Ele [Zezé] me colocou no ringue em 1982 e até hoje sou ‘amante’ da 'nobre arte'”, revelou.

Nilda, 56 anos, contou que fundou e criou projetos de boxe no Barreiro. Como se mudou para Santana do Aurá, em Ananindeua, vai seguir com seu projeto logo que acabe o surto da pandemia. “Vivi e ainda vivo o boxe. Sempre trago atletas para participar do Nocaute, um programa maravilhoso, pois acho que a gente aprende muita coisa com os novatos. O boxe é tão importante para mim que estou encaminhando minhas netas, uma de cinco e outra de seis anos, nos primeiros passos da nobre arte”.

Milton Leão, 68, ganhou medalha de prata em campeonato brasileiro nos anos de 1980, numa época que o Pará estava despontando no cenário nacional.

Ainda Mara, 15 anos, da equipe Copa dos Leões, de Benevides, participou pela primeira vez. Venceu o desafio. “Estou há três meses treinando e venci. Foi muito bom participar. Estou satisfeita”, disse, ao receber os afagos dos companheiros e familiares.

Entre as inúmeras associações do interior, a equipe de Muaná, do Marajó, destacou-se com o atleta Elielton do Rosário, 15 anos, que venceu bem seu oponente.

Felipe Vilhena, da Boxe União, ganhou o cinturão de 60 kg. Marcos Vinicius, da Team Figueiredo, faturou o do 69 kg.

O projeto Nocaute na Violência surgiu pela primeira vez com quatro academias. Hoje, já são mais de 80 cadastradas e o número de adesões só aumenta.

"O projeto começou em alguns bairros de Belém, hoje ele extrapola as fronteiras do Pará e chegou até na Argentina, que por conta da pandemia não pôde vir. Mas recebi do Ricky Montes, presidente da Ambapa, mensagem de apoio e sucesso. O Nocaute é um programa social de apoio ao boxe, não visamos projeção alguma. O meu trabalho é pelo boxe, pela união da nobre arte”, disse Zezé do Boxe, coordenador do programa.

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