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Preconceito, vitiligo, fome e superação: conheça 'Melk', o lutador paraense que estreia no UFC Rio

Melquizael Costa, o “Melk”, encara o paulista Thiago Moisés no UFC Rio de Janeiro no próximo sábado (21)

Fábio Will

O UFC Rio de Janeiro ocorre neste sábado (21). O evento marca o retorno do ultimate ao Brasil, após três anos. A competição terá 15 lutas, divididas em cards preliminar e principal, com as presenças de dois paraenses. No card principal Deiveson Figueiredo encara o mexicano Brandon Moreno, pela quarta vez e valendo o cinturão da categoria peso-mosca e marcará a estreia de mais um “Papa-chibé” no maior evento de MMA do Mundo. O paraense Melquizael Costa, o “Melk”, terá pela frente o paulista Thiago Moises, pela categoria peso-leve.

Natural de Porto de Moz (PA), Melk fará sua primeira luta no UFC e abriu o jogo em entrevista a O Liberal. O lutador relembrou momentos de dificuldades, o preconceito que sofreu por ter vitiligo, morte do irmão, perrengue em Belém, além da força da esposa, filha e pais para muda a sua trajetória no esporte.

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Dificuldades em Belém

O lutador paraense comentou sobre o momento difícil em Belém. Sem o conhecimento atual e sem dinheiro, Melk teve que comer mortadela com farinha por um período, tentando diminuir de peso para poder competir.

“No interior geralmente é uma academia por cidade, e conseguimos vencer todo mundo nas cidades próximas. Meu treinador falou para tentarmos a sorte em Belém, poios já estávamos em outro nível ou então deixar o esporte, arrumar um emprego. Fomos em 2016 para Belém, com a ideia de viver da luta, cinco garotos, e nessa ida pintou uma luta para mim com Jonas Santos “Diabo Loiro”. Eu não tinha acompanhamento, sem o conhecimento que tenho hoje, sem preparador físico, tive que perder peso, comia mortadela com farinha para não passar fome. Bati o peso, foi uma guerra, venci a luta e depois fui para um projeto em São Paulo’, contou.

Apoio

Melk estava caminhando no esporte, mas faltava apoio e incentivo, porém, ele encontrou tudo isso na esposa Cintia Larissa Pantoja, quem conheceu em 2016. O lutador paraense afirma que ela foi fundamental na carreira.

“Em 2016 as coisas começaram melhorar, foi ano em que conheci minha esposa, ela me deu o maior suporte. Falo pra ela que fui adotado, ela me levou para a casa dela, comprou roupa, investiu, acreditou em mim. Em 2017 fiquei desanimado, lutei pouco, vendia alguns produtos para ajudar em casa, falei para ela que iria arranjar um emprego e ela pediu para eu focar nos treinos, não largar, pois esse seria o nosso futuro”, relembrou.

A lembrança do irmão

Perto de estrear no maior evento de MMA do Mundo, Melk não esquece o incentivo do irmão que faleceu, mas que sempre teve apoio e admiração.

“Eu lembro muito do meu irmão, tenho ele tatuado no meu peito, foi a pessoa que me apoiou, infelizmente ele sofreu um acidente e faleceu. Vou lutar o maior evento do mundo, ele sempre acreditou em mim, e vem muito ele na minha mente”, disse.

Confira as lutas do UFC Rio

UFC 283: Teixeira x Hill

Card Principal

Cinturão peso meio-pesado (até 92,9 Kg): Glover Teixeira x Jamahal Hill

Cinturão peso-mosca (até 56,7 Kg): Deiveson Figueiredo x Brandon Moreno

Peso meio-médio (até 77,1 Kg): Gilbert Durinho x Neil Magny

Peso-mosca (até 56,7 Kg): Lauren Murphy x Jéssica Andrade

Peso meio-pesado (até 93 Kg): Paul Craig x Johnny Walker

Card Preliminar

Peso meio-pesado (até 93 Kg): Mauricio Shogun x Ihor Potieria

Peso-médio (até 83,9 kg): Brad Tavares x Gregory Rodrigues

Peso-leve (até 70,3 Kg): Thiago Moisés x Melquizael Costa

Peso-pesado (até 120,2 Kg): Shamil Abdurakhimov x Jailton Almeida

Peso meio-médio (até 77,1 Kg): Gabriel Bonfim x Mounir Lazzez

Peso-galo (até 61,2 Kg): Luan Lacerda x Cody Stamann

Peso-leve (até 70,3 Kg): Ismael Bonfim x Terrance McKinney

Peso meio-médio (até 77,1 Kg): Warlley Alves x Nicolas Dalby

Peso-pena (até 65,7 Kg): Josiane Nunes x Zarah Fairn

Peso-galo (até 61,2 Kg): Saimon Oliveira x Daniel Marcos

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