Patrimônio do Estado: luta marajoara receberá título na Alepa

Tradicional, peculiar e já bastante falada no Brasil e no mundo em razão da participação de atletas paraenses na organização de lutas conhecida como UFC (Ultimate Fighting Championship), a luta marajoara deverá ser declarada em breve Patrimônio Cultural de Natureza Imaterial do Estado. A Assembleia Legislativa do Pará (Alepa) votará o projeto de lei 6/2021 nessa terça-feira (15), para viabilizar o reconhecimento público da manifestação sociocultural e desportiva que surgiu no Arquipélago do Marajó. 

A proposição é de autoria do deputado Raimundo Santos (Patriota), devido a modalidade vir ganhando projeção por meio da organização de MMA (Artes Marciais Mistas) UFC, graças à participação de atletas como os irmãos Iuri e Ildemar Alcântara, e agora a outros irmãos consanguíneos, Deivson Figueiredo, conhecido como o ‘Deus da Guerra’, e Francisco Figueiredo, o ‘Sniper’”.

Uma das referências na parte técnica da modalidade é o educador físico Dário Pedrosa, que concilia a atividade com a arbitragem da luta marajoara. “Ela é oriunda das práticas de lazer dos caboclos da região do Arari, na ilha do Marajó, e reúne características próximas a outras artes marciais, como a luta greco-romana, por exemplo, e, pela força que envolve os oponentes, até ao sumô”, diz.

Na visão do presidente da Federação Paraense de Luta Marajoara, Rodolpho Fernando Engelhard Neto, a iniciativa de atribuir o título de patrimônio “é de grande importância” à modalidade que, segundo ele, tende a crescer e ser desenvolvida no País e no mundo. Além desta, outro projeto de autoria do mesmo parlamentar, quer tornar a federação de utilidade pública no âmbito paraense.