MENU

BUSCA

Novos atletas e futuros lutadores: projeto social na Pratinha ensina artes marciais a crianças

Associação Menezes conta com 13 unidades do projeto em Belém e atende milhares de crianças e adolescente no estado

Aila Beatriz Inete

Uma das máximas do esporte é a capacidade de transformação da vida de uma criança ou atleta. Boa parte dos maiores esportistas do mundo entrou neste universo ainda na infância, em escolinhas ou projetos sociais que provocaram uma mudança significativa no desenvolvimento pessoal e profissional dessas pessoas. 

Especialmente em bairros periféricos, os projetos sociais são uma ferramenta poderosa na formação de novos atletas. Em Belém, a Associação Menezes Esporte, Cultura e Lazer (AMECEL) possui 13 unidades em vários bairros da capital, como Pedreira, Outeiro e Terra Firme, que dão aulas para crianças, adolescentes e até adultos. 

VEJA MAIS 

Histórias

Izadora Tavares tem 11 anos e é uma das crianças que participam do projeto na Pratinha II. A lutadora mirim já treina há um ano na Associação e contou que ficou encantada com o jiu-jitsu e hoje já participa de competições. 

“No primeiro dia que vim, fiquei com medo, mas, depois de um tempo, eu achei bem legal, vi os meus amigos treinando e falei ‘pai, eu quero treinar, porque eu vi e é muito legal, [aprender] a me defender’ Já participei de muitas competições. Já ganhei, perdi, chorei, mas a gente sempre se recupera. Tenho o meu professor e sinto que aqui é meu lugar”, declarou a jovem Isadora. 

Tatiane Ramos é uma das professoras que atuam no projeto. Na Pratinha II ao lado do Mestre Meneses, ela ressalta que ajudar as crianças a aprenderem um novo esporte e se desenvolverem é um trabalho muito gratificante. 

“Nosso objetivo é tirar as crianças da rua, então, é um projeto que eu abraço mesmo porque o tempo que elas estão lá fora fazendo o que não devem, elas estão aqui dentro, tendo disciplina e aprendendo [o esporte] com a gente. Então, para mim, é muito gratificante estar com eles”, apontou.  

O projeto cobra apenas uma taxa de R$ 20 mensais dos alunos para conseguir custear o prédio que é alugado e pagar as despesas de água e luz. Os quimonos dos alunos são doados por outros atletas por meio das redes sociais. No mais, quando precisam viajar para competições, o grupo faz ações para bancar as viagens. 

“Eu fico muito emocionado quando vejo uma criança dessa que vai para um campeonato e vem com uma medalha no peito, fico muito satisfeito. Ainda mais quando é do interior, que o aluno não tem a chance de ter um espaço como esse maravilhoso. E aí eu vejo um aluno desse trazendo uma medalha para mim, é o resultado maior que existe”, concluiu Menezes

Mais Esportes