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Em busca do título brasileiro de boxe, lutador paraense diz que leva 'Marajó no sangue'

Nascido em Muana, Jonatas Rodrigo enfrenta paulista pelo título do Conselho Nacional de Boxe (CNB) neste sábado (17).

Caio Maia

O paraense Jonatas Rodrigo, natural de Muana, município do Marajó, poderá ter neste sábado (17) um dias mais especiais da carreira como boxeador. Em São Paulo, o "Caboco Marajoara" enfrenta o paulista Eduardo Pará pelo cinturão da categoria super peso-pena do Conselho Nacional de Boxe (CNB). Essa será a primeira vez que o Jonatas disputa um título nacional.

Aos 26 anos, o "Caboco Marajoara" tem em seu cartel quatro lutas profissionais, sendo três vitórias por nocaute e uma derrota por pontos, no combate de estreia. O bom restrospecto já garantiu a Jonatas outro título, o Federação Paraense de Boxe Profissional (FPBAP).

Antes de viajar para a capital paulista para enfrentar o "dono da casa", o Núcleo de Esportes de O Liberal conversou com Jonatas sobre a expectativa da luta mais importante da carreira até então. Ele revelou como começou no mundo do boxe, contou as estratégias que vai usar para o combate deste sábado e disse que tem como objetivo levar o nome da região do Marajó para o resto do Brasil.

O Liberal: Qual foi o seu primeiro contato com o boxe? A partir de que momento você decidiu seguir na carreira como profissional?

Jonatas Rodrigo: Meu primeiro contato com as artes marciais foi antes do boxe. Praticava lutas em vários projetos sociais, capoeira, depois muaythai. Apesar disso, minha identificação é com o boxe. O momento que decidi que seria profissional foi quando descobri que não me sentia bem fazendo outra coisa. Não gostava de ficar parado. Sempre preferi me exercitar, fazer esforço. Desde então, decidi trabalhar para chegar ao ponto mais alto do mundo do boxe.

OL: No Marajó, há outro atleta muito conhecido no mundo da luta, o Deiveson Figueiredo, do MMA. Ele utiliza como base a luta marajoara, que é um combate de solo. O boxe, ao contrário da luta marajoara é um combate em pé. Apesar disso, você vê alguma influência da luta marajoara no seu estilo de combate? O que os lutadores do Marajó tem de especial?

JR:  Eu acredito que não, mas o que eu vejo do marajoara no meu esporte é o nosso sacrifício diário, no esforço pra fugir das dificuldades. No boxe, a nossa dedicação conta muito. São horas e horas suando e se esforçando. É isso que trago do povo marajoara no meu sangue.

OL: Como tem sido a sua preparação para o duelo contra o paulsita?

JR: Apesar das dificuldades, como a falta de apoio, tem sido boa. Tenho me dedicado muito pra mostrar o meu valor. Apesar de ter vindo de longe, quero mostrar pro meu povo que tem alguém que representa o Marajó, além do Deiveson.

OL: Qual a expectativa para o confronto? Qual a estratégia que você pensa em usar diante do adversário?

JR: Sou cristão e a estratégia que eu tenho é a paciência de Jó. Um soco pode definir a luta. Preciso ser paciente nos dez assaltos e, em um golpe, posso terminar tudo. Estudar o adversário é o primeiro caminho, depois é aproveitar as falhas dele para conseguir a vitória.

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