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De Ananindeua a Salinas, 'Patinação de Resistência' reúne patinadores em prova de 215 km; veja

Da paixão pelo esporte sob rodinhas surgiu o desafio, que vem aos poucos alargando o percurso e, neste final de semana, promete as maiores emoções no trajeto entre a Grande Belém e o litoral paraense

Luiz Guilherme Ramos

Conta a história que a prática da patinação surgiu por volta de 1000 a.c, provavelmente na Noruega, antes adaptada como um meio de locomoção sobre o gelo. Já a história desatrelada do frio diz que os primeiros modelos surgiram por volta de 1760, também na Europa, mas com uma única linha de rodas. Da necessidade veio a popularização mundial que desembarcou em meados de 1990 em solo brasileiro. Hoje em dia, a prática se adaptou às ruas e, por todos os cantos, patinadores cortam as cidades, em desafios que exigem esforço e uma pitada de ousadia. 

Dotados de duas, três, quatro rodas em cada lado, o patins tem uma legião fiel de seguidores, que se organizam de forma amadora e profissional. E para quem gosta de desafios, um grupo de praticantes de Ananindeua resolveu colocar à prova a resistência pessoal em nome do esporte. Assim surgiu a 'Patinação de Resistência', criada pelo grupo "Paar Inline", que chega à sua sexta etapa, dessa vez em um percurso com mais de 200 quilômetros, mais precisamente de Ananindeua a Salinas, no nordeste paraense, com cerca de 15 horas de duração.

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De acordo com Yasmin Mazzini, da coordenação do evento, a ideia nasceu após longos anos de prática pelas ruas e desafios menores que foram testando a capacidade dos atletas. "Depois de longos anos patinando pela cidade, alguns integrantes começaram a perceber que, se fossem feitos desafios progressivos, nós poderíamos chegar ainda mais longe, foi aí que no ano de 2022 o grupo resolveu criar a temporada de desafios da Patinação de Resistência, onde em 5 etapas percorreram as distâncias de Ananindeua até Mosqueiro (60km), Inhagapi (78km), Terra Alta (95km), Igarapé Açu (118km) e Capanema (155km). A etapa mais longa é justamente a de Salinas", conta. 

Este será um desafio inédito tanto para o grupo, quanto para a patinação de um modo geral. Segundo ela, nenhum grupo no Norte e Nordeste conseguiu façanha tão significativa. O teste de resistência começa neste sábado (4), com saída às 8 horas, na praça do Complexo do oito, na Cidade Nova. Ao todo, 27 estão envolvidas no projeto, entre 16 atletas e 11 pessoas somente no apoio logístico da empreitada. A chegada está prevista para a partir das 6 horas da manhã de domingo. 

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Durante o percurso de 215 quilômetros, o patinador terá à sua disposição uma kombi e dois carros menores de apoio, que servirão para ajuda, transporte de mantimentos e deslocamento de atletas em caso de desistência. O grupo também conseguiu apoio financeiro, o suficiente para que todos os gastos sejam cobertos e os participantes possam fazer o desafio sem maiores problemas externos, sejam eles de clima, de logística ou de saúde, ainda que a taxa de desistência seja mínima. 

"De todos os desafios que tivemos, o índice de desistência é baixíssimo, chegando a uma pessoa ou duas. Por ser um grupo pequeno, não significa que ele seja fraco, mas sim que os participantes foram muito bem selecionados. Dos 16 atletas que vão participar desse pelotão 14 concluíram  a 5°etapa do desafio para Capanema, com 160km. Além disso, vão existir oito pontos de apoio estratégicos para manutenção de suprimentos e descanso dos atletas, contando com socorrista que irá cobrir todo o evento". 

Serviço:

O Desafio "Patinação de Resistência" sairá às 15 horas, do Complexo Esportivo do 8, na Cidade Nova, Ananindeua. 
Inscrições: fechadas. Para participar do evento, os atletas vêm se preparando ao longo do tempo, com outros desafios. Devido ao mau tempo, a organização resolveu limitar o número de participantes, mas a partir da próxima as inscrições serão abertas ao público em geral. 
Coordenação: Carlos Henrique (Campeão Brasileiro de Patinação de Velocidade de 2021)

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