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Atletas de Marabá vão representar o Pará em competição nacional de skate

É a primeira vez que skatistas do município se classificam para o Campeonato Brasileiro de Skate

Tay Marquioro

Davi Rocha tem 21 anos e equilibra a rotina entre as aulas da faculdade de Engenharia de Materiais e o esporte radical que parece estar ganhando cada vez mais adeptos Brasil afora: o skate. Embora não seja um profissional da modalidade, o bom desempenho sobre as quatro rodinhas já rendeu um feito que impressiona. Davi é um dos skatistas marabaenses classificados para o Campeonato Brasileiro de Skate Amador, que será realizado no dia 27 de novembro, na cidade de Cascavel, no Paraná.

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“A pista existe desde 2005, mas era apenas o espaço com o piso. Os obstáculos eram feitos por nós mesmos, com peças de madeira, material doado, às vezes até comprado com nossos próprios recursos, então a gente que mantinha toda a estrutura improvisada que tinha aqui. Em 2015, o então prefeito se propôs a reformar o espaço e adequar para a prática do skate e aí a pista foi devolvida para a população dois anos depois”, lembra Wecsley. “Hoje, o local está assim, com um formato mais moderno, obstáculos de concreto, corrimãos resistentes e isso foi de grande ajuda, até para dar visibilidade ao esporte. Porque agora esse público mais jovem nos procura e pode contar com uma estrutura de pista que nós não tínhamos antes. Seria muito mais difícil começar e se manter praticando o esporte se não tivesse essa estrutura mínima”, analisa.

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Skate pelo Brasil

O skate foi modalidade estreante entre gigantes nos Jogos Olímpicos de Tóquio, realizados no ano passado. Já na primeira edição da competição, o Brasil voltou com excelentes resultados. O atleta Kevin Hoefler, de 28 anos, conseguiu a medalha de prata e Rayssa Leal, conhecida como ‘Fadinha do Skate’, com apenas 13 anos, também foi medalhista de prata nas olimpíadas. O feito do time brasileiro nos Jogos foi decisivo para que uma nova geração de skatistas se formasse nas pistas pelo país afora, tanto entre meninos quanto meninas. Só em Marabá, a Amask conta atualmente com 80 associados, mas o esporte conta com mais de 100 praticantes frequentes nas pistas da cidade.

No Brasil, apesar do histórico de marginalização da prática esportiva, e o quase desaparecimento completo da modalidade nos anos 80 e 90, inclusive com tentativas de proibição em espaços públicos, os números impressionam. A Confederação Brasileira de Skate (CBSK) estima que o mercado da modalidade no Brasil movimente anualmente mais de R$ 1 bilhão, em venda de roupas, equipamentos e acessórios. Ainda segundo a CBSK, empresas ligadas ao esporte falam em 5 milhões de skatistas brasileiros e tratam a modalidade como a segunda mais praticada por homens, atrás apenas do futebol. Atualmente, os praticantes da modalidade são organizados por federações que aglutinam atletas por estado e, desde março de 1999, a CBSK é a entidade que regulamenta o esporte, organiza, divulgarcompetições, além de difundir o esporte em todo o território nacional

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