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Adrenalina e contato com a natureza em Belém; veja os benefícios da prática do rapel

Belém possui o Parque do Utinga como um dos locais da prática do rapel

Dinei Souza
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O público movido por adrenalina, superação de limites, aliados ao contato com natureza e benefícios ao corpo e à mente. Motivos de sobra para se aventurar na prática radical do rapel. Criado na França, o rapel é uma atividade vertical com uso de cordas e equipamentos próprios, comumente praticados ao ar livre, tais como em montanhas, cachoeiras, grandes pedras e até mesmo em pontes.

Débora Vilhena, 37 anos, bacharel em química industrial, conta como surgiu o interesse pela modalidade do rapel, que a princípio foi para trabalhar um bloqueio pessoal, mas que hoje faz parte da sua rotina.

“Na verdade procurei o rapel para superar o medo de altura, quando eu viajava de avião passava mal, subia o elevado já ficava me tremendo toda. Então eu vi o anúncio e pensei vou superar o meu medo” revela.

Após várias descidas de rapel, Débora substituiu o medo, por adrenalina, somados ao contato direto com a natureza e a sensação de liberdade. Ela cita a relevância da participação das mulheres no esporte.

“Acho de extrema importância, pois não é um público muito significativo, geralmente são homens que fazem os esportes radicais. Tem uma certa exclusão com a mulher, do tipo ‘ela não vai conseguir’, mas a mulher precisa tomar seu espaço nos esportes radicais também” ressaltou.

Em 2001, Michel Pereira fez um curso de primeiros socorros e em seguida participou do módulo rapel. Especializou-se na área e em 2004 tornou-se instrutor da modalidade. O militar da ativa, com larga experiência no rapel e técnica de salvamento, explica a importância de procurar grupos sérios para evitar riscos.

“Você precisa receber as instruções, usar os equipamentos de segurança de forma correta para depois descer. São mais de oito mil descidas, ao longo desses anos e nenhum acidente registrado” destaca.

Destinos para se aventurar no rapel

Entre os locais que podem ser acessados para a prática do rapel em Belém, está o Parque Estadual do Utinga, cercado pela natureza e no coração da cidade, onde é possível se aventurar. A empresária, Keila Oliveira, 45 também busca se superar na modalidade.

“Temos um grupo de mulheres que buscam aventuras e novos meios de obter adrenalina” comenta.

Outro local onde se encontra a atividade do rapel na cidade das mangueiras é no Parque dos Igarapés. Para os que gostam de mais adrenalina, podem se aventurar Alça Viária, onde algumas pontes chegam a medir cerca de 40 metros.

Benefícios do Rapel para sua saúde

1 - Controla a ansiedade: O esporte precisa de concentração, controle da respiração e atenção em todos os momentos da prática para evitar picos de ansiedade. É possível controlar o sentimento de forma mais natural com a prática constante da modalidade.

2 - Melhora a coordenação motora: Praticar rapel ajuda a tornar mais fácil a coordenação motora dos membros superiores e inferiores, além de transformar as ações cada vez mais precisas, pois trabalha a atenção onde segura, onde pisa, além de controlar a descida com o apoio da corda.

3 - Aumento da força muscular: Todos os membros do corpo são movimentados, durante a prática esportiva, o que ajuda a fortalecer ossos e músculos, proporciona também a flexibilidade.

4 - Reduz o estresse: O contato com a natureza auxilia a quebrar a rotina diária, que se soma a pratica de exercícios físicos e libera a serotonina, hormônio do bem-estar, conhecido por amenizar os sintomas do estresse.

Categorias de Rapel

Rapel em Positivo: Os pés têm contato com a parede, durante a descida.

Rapel em Negativo: É praticado em vãos livres e não há contato dos pés com a parede.

Em cada técnica, algumas manobras são possíveis de realizar como saltos, giros e descidas de ponta-cabeça.

Equipamentos

Mosquetões de aço: habituais na ancoragem da corda em que é feita a descida. Os de aço são os mais indicados pela resistência e durabilidade maior.

Cordas: Usadas para fazer a descida, devem ser do tipo que possuem "alma", ou seja, que tenham um núcleo trançado independente além da capa (parte externa). De preferência de Nylon ou Poliéster que são de materiais resistentes.

Luvas: Utilizadas para proteger as mãos do praticante e evitar queimaduras em contato com a corda. Também serve para dar mais atrito e diminuir a velocidade da descida.

Capacete: Indispensável em qualquer atividade radical, protege de vários perigos, desde deslizamentos de pedras à queda acidental de um equipamento de um praticante que esteja acima.

Freio 8 (ou Blocante / ou descensor "oito"): De aço ou alumínio. Usado para torcer a corda, aumentando o atrito e assim, reduzindo a velocidade da descida. É esta peça que lhe dá o controle da descida.

Cadeirinha ou Baudriers: Uma espécie de "cinta" que envolve as pernas e os quadris dando o aspecto de uma "cadeirinha". Geralmente fabricada (costurada em modelos) ou pode ser feita de cabo solteiro (pedaço de corda do mesmo material usado na corda do rapel, em média de 5 metros, podendo variar de acordo com as exigências do praticante).

(Estagiário Dinei Souza, sob supervisão do repórter de Esportes de OLiberal.com, Fábio Will)

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