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A busca pelo ‘corpo perfeito’: atleta paraense relata paixão pelo fisiculturismo

O professor de educação física Erick Back Guimarães está há seis anos investindo física e mentalmente na modalidade, que requer muita disciplina e dedicação

Dinei Souza

A busca por corpos perfeitos nos remete a antiguidade dos exércitos gregos e romanos, de gladiadores e protetores de seus territórios e povos. Nessa época, o levantamento de peso era prática comum e só por volta do final século XIX esta mesma modalidade chegou as Américas e depois ao Brasil.

Na metade do século XX o fisiculturismo (ou “bodybuilding”) ganhou espaço com público e competições organizadas. Tem como objetivo principal o desenvolvimento corporal a partir da hipertrofia muscular - em outras palavras, o aumento no volume da massa muscular.


O professor de educação física Erick Back Guimarães, 26 anos, iniciou a trajetória esportiva em outra modalidade, o futsal, que seguiu até os 19 anos, porém desde os 13 já tinha uma paixão pelo fisiculturismo. “Já acompanhava os campeonatos e atletas, assistia aos vídeos e treinava em casa”, conta.

Ao completar aos 20 anos decidiu iniciar os trabalhos com foco competitivo, quando realizou sua primeira dieta “off-season”, termo em inglês que quer dizer “fora de temporada”, ou seja,  período em que o atleta fitness troca a enfoque da preparação e se concentra em ganhar massa muscular. Na época Erick que pesava 67 kg e subiu para 82 kg.   

O fisiculturismo, segundo o esportista, requer uma mente preparada para qualquer adversidade, além de organização e disciplina para manter a dieta correta. “Nessa fase de ‘off’, quando o atleta geralmente está ganhando peso, comendo mais, eu faço em média seis refeições no dia, com quantidade alta de calorias para que eu consiga manter o peso e evolução, junto com o treino adequado para essa fase”, revela.

Após a fase da dieta Erick segue para os treinos que acontecem pelo menos seis dias na semana. Ele conta que é necessário manter foco e determinação para ultrapassar as barreiras como o cansaço, as dores, assim como a falta de apoio financeiro para se manter firme no esporte. Contudo, ele reforça a relevância das parcerias que o ajudam e oferecem suporte de suplementos, de massoterapia e treinamentos.

Veja imagens do treino de Erick Back:

O fisiculturista comenta que, apesar dos avanços neste esporte, ainda convive com muito desconhecimento e comentários mal-intencionados. “Nesse esporte sofremos, sim, preconceito de pessoas leigas ou de pessoas que não têm a disciplina e acusam que os resultados obtidos por um atleta são exclusivos do uso de anabolizantes, quando, na verdade, sem dieta e treino nada é possível. Pessoas que não entendem que para nós atletas não existem feriados ou finais de semana”, desabafa Erick.

Ainda de acordo com o atleta, só se destaca no esporte quem realmente o ama e o leva como um estilo de vida, não apenas por competição. “Não é fácil dispensar uma balada, bebidas e comidas que você curte, requer um sacrifício de uma vida, saber que precisa dormir bem, comer bem e treinar bem todo santo dia se quer realmente algo maior”, afirma.

A meta de Erick para 2022 é a preparação para o maior campeonato de fisiculturismo já realizados no Norte do país, o Muscle Contest Belém, que será realizado em setembro. Logo em seguida ele também competirá no Duelo de Titãs, em dezembro. O sonho do paraense é chegar ao auge deste esporte e disputar o Mr.Olympia, competição que envolve atletas de todos os continentes e que é realizada anualmente pela Federação Internacional de Fisiculturismo.

O fisiculturismo também foi por muitos anos uma prática do ator hollywoodiano famoso por filmes de ação e ex-governador da Califórnia, Arnold Schwarzenegger, que realiza competições esportivas e feiras de produtos de suplementação, alimentação, além de moda fitness, equipamentos, acessórios em vários cantos do mundo, inclusive no Brasil.

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