Junta técnica aponta chuva e urina como causas de acidente no Mangueirão Apenas as arquibancadas do setor B serão liberadas no dia 27 Redação Integrada 19.01.19 12h30 O Mangueirão será parcialmente liberado no próximo dia 27 de janeiro, para os jogos do Campeonato Paraense 2019. Contudo, as torcidas só poderão ocupar um lado das arquibancadas: o setor B, tradicionalmente destinado à torcida do Paysandu. O setor A, onde uma parte da cobertura desabou no dia 7 deste mês, seguirá recebendo reparos, com previsão de liberação em 10 de fevereiro. Tradicionalmente, essa parte do estádio é ocupada pela torcida do Clube do Remo. A informação foi repassada na manhã deste sábado (19), durante entrevista coletiva concedida por representantes do governo do Estado, entre os quais dirigentes das Secretarias de Desenvolvimento e Obras Públicas (Sedop) e de Esportes (Seel), da Polícia Militar, do Corpo de Bombeiros, além de dirigentes da Federação Paraense de Futebol e dos clubes do Remo e Paysandu. Contratado pelo governo do Pará para analisar o acidente, o engenheiro civil Paulo Brígido, especialista em estruturas, afirmou que o que ocorreu no dia 7 deste mês, de fato, foi o despreendimento de um pedaço de cerca de 50 centímetros da cobertura, uma espécie de caixa de argamassa que revestia um trecho do teto da arquibancada do lado A. ''Foi mais de um pedaço de argamassa que caiu, mas o maior tinha quase 50 centímetros'', afirmou o engenheiro. Brígido recordou que o Mangueirão foi feito em duas etapas. Inaugurado em 1978, o estádio teve as obras de construção interrompidas por 22 anos, período em que era popularmente chamado de 'bandola', por só ter um lado de arquibancada. No outro, havia somente as estruturas de alicerce com as respectivas ferragens, e foi exatamente esse último lado a ser construído, correspondente ao setor A, que apresentou problema este mês com a queda de parte da argamassa. "Nessa viga de cobertura existe um pequeno trecho em que é aplicada uma espécie de capa de proteção para os cabos de ferro. Isso não é parte da estrutura da edificação, apenas foi utilizado para proteção dos cabos, mas, sem a manutenção adequada eles entraram num processo de corrosão. E foi isso que provocou o despreendimento desses pedaços de argamassa'', afirmou. ''Os pontos de corrosão que encontramos em alguns trechos da cobertura, dos dois lados das arquibancadas, alguns acentuados e outros menos, surgem principalmente por conta das infiltrações decorrentes da chuva, já que o teto do estádio é dividido por espécie de blocos unidos por juntas, e pela própria ação do tempo. Já nos demais pontos da área das arquibancadas a corrosão decorre de outro fator: a urina humana. Há décadas os torcedores urinam nas paredes das arquibancadas e esse é um líquido altamente corrosivo'', acrescentou o especialista. O coronel Mário Antônio, do Comando de Grupamento Especializado da Polícia Militar do Pará, ressaltou que o comportamento indevido de torcedores deve ser combatido com campanhas de educação para conscientização das pessoas e também com a instalação de banheiros químicos no local. "Para públicos que a gente chama de torcida única os banheiros do Mangueirão conseguem atender a demanda, mas o público do Re-Pa não é assim. Por isso vamos sugerir a instalação de banheiros químicos. Mas cabe também à imprensa e ao Governo do Estado conclamar a população a zelar por esse espaço. Mais do que um sinal de civilidade, o comportamento de se usar o banheiro é uma questão de higiene. A urina incomoda a todos'', afirmou. Remo tem prejuízos táticos e financeiros em razão do acidente no Mangueirão Para o presidente do Remo, Fábio Bentes, o acidente gerou prejuízos técnicos e financeiros para a equipe. O clube estrearia neste domingo (20), contra o time do Tapajós, de Santarém, mas em razão da interdição o Leão só entrará em campo às 18h do dia 26, em Santarém, contra o São Raimundo, jogo válido pela segunda rodada do Campeonato Paraense. ''Historicamente, em seus primeiros jogos, o Remo costuma lotar o Mangueirão. Então, só aí já vamos ter uma perda de 8 ou 10 mil ingressos. Infelizmente isso aconteceu, mas vamos trabalhar forte para reabrir o estádio'', disse Fábio Bentes. A importância do Mangueirão para o Clube do Remo é indiscutível. Na ausência desse espaço, o time teria de disputar partidas em municípios do interior, onde os estádios têm capacidade de lotação bem reduzida se comparadas com o Estádio Olímpico do Pará, já que o Baenão está sem condições de sediar jogos. O presidente explicou que o time se preparou para estrear já neste domingo, 20, em Belém, e o adiamento da partida contra o Tapajós para data ainda a ser fechada - entre os dias 2 e 3 de fevereiro - impactou negativamente o planejamento do clube. "Do ponto de vista técnico, a gente começou nossa preparação em 13 de dezembro e estávamos prontos para o jogo do dia 20. Inclusive, nesse domingo, vamos fazer um amistoso em Santa Izabel (PA), contra o Izabelense, para cobrir esse buraco na preparação'', disse Fábio Bentes. Ainda de acordo com o presidente do Leão, o problema interferiu diretamente no planejamento financeiro do clube. "Nós já estamos com uma ideia de reestruturação nesse sentido, estava faltando a definição da data e da carga dos ingressos. Agora, diante desta situação, vamos sentar essa semana para repactuar as coisas com os nossos fornecedores. Acho que todos precisam ser compreensivos com o que aconteceu. Nós estamos sempre buscando a melhor solução'', acrescentou. 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