Julgamento sobre morte de Maradona começa nesta terça (11) na Argentina
O inquérito resultou na denúncia de sete profissionais da saúde
O julgamento dos sete profissionais de saúde acusados de homicídio por negligência na morte de Diego Maradona começa nesta terça-feira (11) na Argentina. O caso atrai grande atenção, dado o legado do ex-jogador e as circunstâncias que envolveram sua morte em 2020, aos 60 anos, por insuficiência cardíaca, dias após uma cirurgia cerebral.
A investigação conduzida pelo Departamento de Justiça de San Isidro teve início logo após o falecimento de Maradona, impulsionada por declarações de seus filhos, que acusaram a equipe médica de negligência.
O inquérito resultou na denúncia de sete profissionais da saúde: a psiquiatra Agustina Cosachov, o neurocirurgião Leopoldo Luque, o psicólogo Carlos Ángel Díaz, a médica Nancy Edith Forlini, o enfermeiro Ricardo Almirón, o enfermeiro-chefe Mariano Ariel Perroni e o médico Pedro Pablo Di Spagna.
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As acusações do júri
Os réus enfrentam acusações de “homicídio simples com intenção eventual” ou “homicídio por negligência”, crimes que podem levar a penas de 8 a 25 anos de prisão. O julgamento, previsto para se estender até meados de julho, contará com audiências três vezes por semana e deve reunir ao menos 192 testemunhas. A análise de evidências será um ponto-chave, incluindo estudos médicos, registros de celulares, áudios, gravações e laudos periciais.
O caso de Maradona gerou um intenso debate sobre a responsabilidade médica e as condições em que o ídolo argentino passou seus últimos dias. Para muitos, o julgamento é um passo essencial para esclarecer os acontecimentos e definir eventuais culpabilidades na morte de um dos maiores jogadores de futebol de todos os tempos.