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Vaga no Brasileiro e semifinal do Parazão coroam ascensão meteórica da Tuna Luso

Processo de reconstrução do futebol da Águia do Souza já dá resultados

Andre Gomes

A Tuna Luso está de volta aos momentos decisivos do Parazão. Mesmo com a derrota para o Itupiranga por 1 a 0 no jogo de volta das quartas de final, a goleada por 3 a 0 na ida garantiu à Águia do Souza uma vaga na semifinal do estadual e também um lugar no Brasileirão Série D 2022.

Como forma de reconhecimento deste feito, a equipe de esportes de O Liberal relembra a trajetória cruzmaltina, que culminou nesta ascensão meteórica. Um trabalho ambicioso, que começou em dezembro de 2019, com a eleição de Graciete Maués, a primeira mulher presidente do clube.

A chegada do 'mister' e o acesso

A Segundinha do Parazão iniciou em novembro de 2020, mas meses antes a Tuna já começava os trabalhos, com a contratação do técnico Robson Melo, no final de agosto. O 'mister' chegava com a consciência de que havia apenas um objetivo: "Viemos para cá para marcar o nosso nome e trazer a Tuna de volta à elite, após oito anos".

Dito e feito. Na primeira fase, a Tuna terminou na liderança da chave A2. Nas quartas de finais, um épico: após perder na ida por 2 a 0 para o Fonte Nova, a Lusa reverteu ao vencer por 3 a 0 no Souza. Nas semis, venceu o Sport Real duas vezes e conquistou o acesso. Na final, vitória por 4 a 2 sobre o Gavião Kyikatêjê e o título.

"Precisamos de um planejamento diferenciado e a união de todos. Só assim vamos nos manter na elite", disse Graciete, em uma entrevista pós-acesso ao OLiberal.

O Parazão

De contrato renovado para o Parazão 2021, Robson Melo e a Tuna iniciaram a montagem do elenco, composto principalmente de atletas locais, alguns que estiveram na Segundinha com a Lusa ou com passagens pela dupla Re-Pa como: os atacantes Paulo Rangel, Jayme e o lateral-direito Léo Rosa. Mas a bomba foi a vinda do meia Eduardo Ramos, que deixou o Remo.

Porém, o início no estadual não foi dos melhores. Derrota para o Águia de Marabá na estreia e empates com Independente e Castanhal, com atuações que não agradaram, colocou a pulga atrás da orelha. Até que ER10 pediu para sair por causa do agravamento da pandemia no Pará, para ficar com familiares. "Não estava com a cabeça na Tuna", comentou Robson Melo sobre a saída do meia.

Curiosamente, depois da polêmica, a Águia Guerreira teve três vitórias, um empate e uma derrota e terminou a primeira em segundo no grupo B, com o melhor ataque da competição, com 20 gols marcados. Por fim, veio a classificação sobre o Itupiranga para a semifinal contra o Remo e a vaga na Série D. Conquistas que coroam o trabalho realizado até aqui.

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