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Única árbitra assistente do norte a compor quadro FIFA, paraense afirma: 'É difícil entrar e é bem mais difícil permanecer'

Bárbara Roberta da Costa Loiola falou sobre os desafios da profissão e inspiração para continuar

Andreia Espírito Santo

A árbitra assistente Bárbara Roberta da Costa Loiola faz parte do quadro FIFA desde 2020. Ela é a única representante do norte do Brasil no quadro internacional e foi selecionada para compor a equipe de arbitragem da Copa Libertadores Feminina, realizada de 5 a 21 de março, em Buenos Aires, Argentina, ao lado da também assistente Fernanda Gomes Antunes e da árbitra Charly Deretti.

A estreia na competição internacional foi no sábado (6) no jogo entre Ind. Santa Fé (COL) e Atlético S.C (VEN). Foi mais um passo importante para a carreira da assistente de arbitragem, que tem 29 anos e é formada em farmácia.

Ela é árbitra assistente há 11 anos e desde 2012 faz parte do quadro nacional. Até que, em 2020, conseguiu a vaga no quadro FIFA. Barbada deu uma entrevista exclusiva para o OLiberal e falou sobre os desafios dessa nova jornada profissional.

“Mudou muito. A gente tem que ser mais disciplinada. Não pode se expor. Muita gente reconhece hoje como árbitra do estado, nos locais que eu vou. Difícil não me conhecer. Tudo bem equilibrado e disciplinado para continuar mantendo esse escudo. É difícil entrar e é bem mais difícil permanecer. Porque tem que manter os pilares técnico, físico, mental. Precisa ser tudo em equilíbrio, mantendo bons jogos”, comentou.

Uma das inspirações de Bárbara Loiola é a árbitra assistente Neuza Back. Neuza e Edina Alves se tornaram as primeiras brasileiras a arbitrar um jogo masculino de uma competição da FIFA em fevereiro, no Catar, pelo mundial de clubes.

“A Neuza sempre foi uma profissional que eu me espelhava muito fora do estado. No estado era o Márcio Glaydson que é do quadro nacional, que é disciplinando e bom. Depois que eu conheci a Neuza e acompanhar o trabalho, ela se tornou inspiração. Super humilde e sempre disposta a ajudar. Elas (Neuza e Edina) são nossas inspirações e espelhos. Elas conseguiram e podemos conseguir se seguirmos a mesma linha”, contou Barbara Loiola, deixando um recado para as mulheres de todas as áreas.

“Não só na arbitragem, mas na vida profissional que não pare nas barreiras que a gente encontra. Porque sempre vamos encontrar dificuldade, mas que possamos continuar caminhando. Se a gente não sonhar, a gente pode ficar estagnado. Que as meninas possam continuar sonhando. Eu ainda tenho meus sonhos hoje em dia. Não é fácil. Mas continuem lutando”, afirmou.

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