Torcedor paraense agredido em Joinville está em coma e esposa acredita em crime de xenofobia
Wellington Gleidson assistia ao Re-Pa no último domingo, quando foi agredido por torcedores de uma organizada do Joinville-SC
No último domingo (20), cerca de 20 pessoas integrantes de uma torcida organizada do Joinville-SC, invadiram uma conveniência na cidade de Joinville (SC) e agrediram torcedores paraenses do Remo e do Paysandu, que se reuniram para assistir ao clássico Re-Pa, pelo Campeonato Paraense. Um deles, Wellington Gleidson, de 28 anos, foi agredido por uma barra de ferro e está em coma no hospital. A esposa da vítima acredita em xenofobia.
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Wellington Gleidson viajou para Joinville há três anos e trabalha em uma empresa de poste. Os pais de Wellington, que residem no bairro do Jurunas, em Belém, chegaram nesta quarta a Joinville para acompanhar o filho e o desenrolar do caso.
Adriely Rodrigues, de 22 anos, grávida de sete meses, conversou com a equipe de O Liberal sobre a situação difícil em que está passando ao lado do esposo, falou sobre a real situação do marido e afirma que as agressões não foi por rixa de torcidas e sim pelo simples fato de serem de outro estado.
“Ele estava de folga e foi para a conveniência, encontro tradicional dos paraenses, ainda mais em dia de Re-Pa. É um local que só frequenta família e a maioria são paraenses que vivem aqui. Meu esposo foi covardemente agredido, está em coma, mas estável. A briga ocorreu por xenofobia, vivemos em uma cidade onde algumas pessoas são racistas. Não foi por cousa de organizadas, os membros da torcida [do Joinville] forjaram uma conversa, fizeram print e mandaram para Belém”, disse, Adriely.
Assista
Ajuda
Wellington está internado na unidade de terapia intensiva e os familiares aguardam um novo boletim. Os familiares pedem ajuda através de doações pelo pix.
“Os pais dele vieram através de doações de amigos, eles vieram para ajudar nessa situação, pois está tão corrido, que não conseguimos fazer um boletim de ocorrência. Só eu e tia dele estávamos nessa correria, sendo que ela está à frente de tudo no hospital. Peço que nos ajudem, não sabemos como será, se ele terá sequelas”, falou. Quem puder realizar uma doação, pode doar através do pix: 47991171545 – Adriely Rodrigues.
Sem respostas
Adriely informou que até o momento ninguém da família foi procurado tanto pelo munícipio, quanto pela polícia. A equipe de O Liberal entrou em contato com a Polícia Civil de Joinville, mas ainda não tivemos respostas.