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Presidente do Santa Rosa comenta suspensão do jogo contra o Cametá: 'Perdeu-se o controle. E a lei?'

Luiz Omar Pinheiro fez duras críticas à liberação do Parque do Bacurau, que apresentou laudo da Polícia Militar vencido e, mesmo assim, realizou a partida, que acabou com a classificação do Cametá

Luiz Guilherme Ramos

O ex-presidente do Paysandu e atual dirigente do Santa Rosa, Luiz Omar Pinheiro, fez alguns comentários acerca da suspensão do resultado que deu ao Cametá a classificação para a final do Campeonato Paraense da Segunda Divisão. O folclórico dirigente definiu a realização da partida como uma "Violação do estatuto do torcedor". 

LOP é um dos patronos do Santa Rosa e resolveu ir a público para defender a medida adotada pelo Tribunal de Justiça Desportiva (TJD/PA), que optou pela paralisação do campeonato e a suspensão do resultado, até a realização de novo julgamento para definir os rumos da competição. 

"O estatuto do torcedor foi criado para levar segurança ao torcedor, equipes, juízes, imprensa e todos envolvidos no evento. Uma das cláusulas determinantes é que não poderia haver cobrança de ingresso em jogos nos estádios sem laudo. Isso sempre foi respeitado no futebol brasileiro e paraense", observa o ex-presidente do Paysandu, seguindo as críticas. 

"Mas nós entramos novamente na história, porque foi o primeiro Estado que programou jogo com cobrança de ingresso em estádio sem laudo", argumenta. Segundo ele, o Santa Rosa informou a FPF, que teria mantido a partida para o Parque do Bacurau, mesmo contra a lei. 

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"Muito embora, quando o Santa Rosa tomou conhecimento, comunicou à federação, que manteve o jogo, não sei porque. Era para ter suspenso. Eu acho um absurdo. O Conselho técnico informa a federação, que informa o diretor de competição, que, ao elaborar a tabela, já sabe os estádios que pode ou não pode ter jogo. Todo mundo sabia que o Parque do Bacurau não tinha laudo", alerta. A FPF, ao ser questionada pelo Núcleo de Esportes de O Liberal, disse que recebeu o documento do próprio Ministério Público, liberando a partida para o Parque do Bacurau, mesmo com o laudo da Polícia Militar vencido. 

As críticas do dirigente não pararam por aí. Luiz Omar criticou abertamente a postura do prefeito da cidade, Vitor Cassiano, ao liberar os portões, mesmo com a capacidade esgotada. "Isso é uma violação grave ao estatuto do torcedor, pois quando você faz isso, coloca em risco a vida de todos. Foi o que aconteceu domingo, em Cametá. Além do estádio não ter laudo, o bonitinho do prefeito, que se acha dono da cidade, mandou liberar os portões. Perdeu-se o controle de quantas pessoas tinham e o prefeito achava lindo. E a segurança? E a lei?", questiona. 

Por fim, o mandatário enumerou os problemas ocorridos durante a partida, que terminou empatada no tempo normal em 2 a 1 e foi decidida nas penalidades, com vitória do Cametá, por 4 a 2. Nesta quinta-feira, o departamento jurídico do Santa Rosa reuniu com o Ministério Público e, paralelo a isso, teve atendido pelo TJD o pedido para não homologar o resultado, até que um novo julgamento seja realizado. 


"Aquilo virou uma guerra. O maqueiro tirou nosso jogador e deu com a maca na costela dele e tivemos que substituir. Por isso estamos correndo atrás do nosso direito e do direito de todos os desportistas. Fomos ao Ministério Público, TJD e vamos até o Rio de Janeiro, se preciso for, para que o futebol paraense não entre nessa onda de avacalhação e se acabe de vez", conclui.

 

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