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Paysandu goleia rival e está na semifinal do Parazão Feminino

Jogo na Curuzu foi marcado por violência dentro e fora do estádio

Redação Integrada

O Papão foi amplamente superior ao Leão no Campeonato Paraense de futebol feminino, impondo uma goleda de 4 a 1 no jogo de volta das quartas de final da competição, realizado nesta terça-feira (27). O placar resultou na eliminação azulina pelo time bicolor, que segue invicto diante do seu grande opositor. 

Se este ano o time profissional bicolor foi freguês do Leão da Antônio Baena, no feminino vem sendo o inverso. O Papão há anos não perde para o tradicional adversário. Com o resultado, o Paysandu entra no grupo dos quatro semifinalistas do Parazão das Mulheres e agora vai esperar pelo sorteio da Federação Paraense Futebol (FPF) para saber quem pega na semifinal.

O time bicolor mandou no jogo o tempo todo. Marcou o primeiro gol aos sete minutos, com Débora, e aos 14', aumentou com Bia Saraiva. Ainda lançou bola na trave várias vezes. O Remo descontou aos 44 minutos com Emily, que recebeu passe de Isaura.
No segundo tempo, logo ao sete minutos, a lateral azulina Jeane foi expulsa por jogo violento. Com menos uma jogadora em campo, a equipe de Antônio Baena ficou vulnerável aos ataques bicolores. Para completar a situação ruim, o Leão perdeu Emily, a melhor atacante, que saiu de campo lesionada.

Aos 23 minutos, Cíntia Magrela ampliou o placar para 3 a 1 com um gol bonito de fora da grande aérea. Aos 35, foi a vez de Perotes fazer 4 a 1 com um chute de longa distância. A goleira Bruna falhou no lance. 

Violência

O jogo foi marcado por extrema rivalidade, com brigas dentro de fora do estádio. Roberta Carvalho, jogadora do Remo, foi agredida pela torcida. Ela estava na arquibancada, acompanhada pela mãe. A atleta registrou ocorrência em uma delegacia de Polícia. Danilo Lopes Viana dirigiu a partida com trabalho apenas regular.

Na versão do técnico Marcos Canelas, do Remo, as meninas azulina ficaram abaladas com os acontecimentos antes do jogo."Elas ficaram abaladas emocionalmente e isso contribuiu pra o mau resultado em campo. A gente fica triste porque vimos os seguranças inertes, olhando as jogadoras sendo ameaçadas, como foi o caso da Roberta. Foi um absurdo que tudo o que aconteceu, infelizmente é o nosso futebol. Quebraram até o carro do diretor", disparou.

No lado oposto, Aline Costa, técnica do Paysandu, disse que a goleada foi resultado de uma atuação coletiva e da qualidade do futebol em campo. "O time suportou bem e mereceu esse placar. Isso é fruto de um trabalho realizado ao longo de meses. Começamos tropeçando no campeonato, mas superamos tudo e, graças à dedicação das atletas, estamos indo bem na nossa caminhada", avaliou.

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