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Paraense comemora título da Argentina em Buenos Aires, mas avisa: 'Brasil é único pentacampeão'

Médica Eliane Santos conta que, após eliminação do Brasil, torceu pela Argentina na reta final da Copa do Mundo. Ela diz que título veio em meio à crise no país. 

Caio Maia

Apesar da intensa rivalidade existente entre Brasil e Argentina no futebol, existe uma brasileira que está feliz com o título da Albiceleste na Copa do Mundo de 2022. A médica paraense Eliane Santos, que vive na Argentina há seis anos, é uma das milhares que pessoas que estão comemorando a conquista de Lionel Messi e companhia nas ruas de Buenos Aires. Em conversa com o Núcleo de Esporte de O Liberal, ela contou que o caneco argentino serviu como alento para um momento difícil vivido no país.

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Nascida em Belém, Eliane vive na Argentina desde 2016, quando se mudou para o país para estudar medicina. Mesmo depois de formada, a médica conta que decidiu por permanecer no país vizinho. Segundo ela, o "calor humano" do povo argentino é parecido com o do brasileiro.

"Sou enfermeira no Brasil, com 16 anos de formada. Fui professora na UEPA [Universidade do Estado do Pará], mas decidi vir pra Argentina estudar medicina. Escolhi vir pra cá porque os argentinos tem um calor humano parecido com o do Brasil. Quando você começa a fazer amizade com eles, são iguais aos brasileiros. A rivalidade com o futebol existe, mas quando fazemos amizade eles torcem pro Brasil também", explicou.

Provocação na Copa

O cenário mais desfavorável para muitos torcedores brasileiros foi vivido por Eliane durante a Copa do Mundo. Ela assistiu, em meio a vários argentinos, a eliminação do Brasil para a Croácia, nas quartas de final do Mundial. Ela contou detalhes do momento em que assistiu o sonho do hexa no Catar terminar.

"Eu esperava muito o título do Brasil. Quando percebi que havia a possibilidade de jogar com a Argentina vimos que havia um receio das duas partes, nossa e deles. Todos estávamos com um pouco de medo. No dia da eliminação [do Brasil] estava de plantão. Quando a Croácia ganhou nos pênaltis, eles comemoraram demais. Sentiram como se fosse um livramento por não enfrentar o Brasil", contou.

Eliane afirma que, mesmo com muita provocação ao final da partida, decidiu apoiar a Argentina na reta final do Mundial. Apesar disso, não deixou de dar uma "cutucada" nos rivais.

"As provocações deles são de forma tranquila, apenas rivalidade de futebol. Eles não odeiam a gente, só são nossos adversários dentro de campo. Agora eles conseguem saber, pelo menos por alguns momentos, o que é ser melhor que o único país pentacampeão mundial", finalizou.

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