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Paraense com paralisia cerebral entra em campo com o Flamengo e emociona jogadores

Gabriel Rodrigues tem 10 anos de idade

Andre Gomes

Na vitória por 3 a 1 sobre o Resende-RJ, na última segunda-feira (3), o Flamengo usou os titulares pela primeira vez Cariocão 2020. Mas esqueça Pedro, Bruno Henrique e outros nomes importantes. O grande craque mesmo esteve no gramado antes da bola rolar. O nome dele? Gabriel. Nada de Gabigol. É o paraense Gabriel Rodrigues, de 10 anos, torcedor rubro-negro e que tem paralisia cerebral.


A HISTÓRIA

A reportagem de O Liberal entrou em contato com a família de Gabriel, que é de Belém e está no Rio de Janeiro para a continuidade do tratamento garoto. "Nós sempre estamos indo ao Rio fazer a fisioterapia dele. Fazemos vaquinha virtual e recebemos ajuda de amigos para que possamos pagar o tratamento", revelou o pai do menino, Daniel Rodrigues.

Daniel e a mãe, Adriana Silva, contam que o primeiro diagnóstico após o nascimento de Gabriel é que ele vegetaria - quando a pessoa está viva, porém parece incapaz de reagir a estímulos. No entanto, após evoluções ao longo do tempo no quadro do rapaz, os pais foram atrás do método therasuit, recurso na reabilitação de crianças e adultos com desordens neuromotoras.

"Apostamos nesse tratamento intensivo e para isso criamos uma vaquinha online para arrecadar o dinheiro e fazer o tratamento fora do estado, no Rio de Janeiro. Só que nossa meta mesmo é fazer em Michigan (EUA)".

CORAÇÃO RUBRO-NEGRO

A família de Gabriel é toda flamenguista, mas Daniel admite que foi o avô que incentivou essa paixão rubro-negra. "Começou pelo meu pai, flamenguista doente, que mandou fazer uma bandeira de 10 metros de tamanho e colocava na frente de casa quando tinha jogos e isso aumentou a paixão do Gabriel".

De volta ao Rio de Janeiro para a fisioterapia do garoto, a família recebeu um presente de um amigo, que não apenas os levou ao templo sagrado do futebol, o Maracanã, para a estreia dos titulares do Mengão. Mas também conseguiu fazer Gabriel entrar no gramado com os jogadores.

"[Ele é fã de] todos os jogadores do Flamengo. Talvez agora mais do Diego, pelo carinho que ele tratou o Gabriel. Foi inexplicável, não tem como não se emocionar", disse Daniel.

ESPERANÇAS RENOVADAS

Após essa de pausa para curtir mais um momento especial juntos, a luta por um outro sonho do garoto continua. De esperanças renovadas, Daniel aponta o principal desejo da família.

"No início, é muito complicado. Mas nunca perdemos as esperanças, principalmente porque o Gabriel é uma criança que tem muita vontade de vencer. [Nosso maior desejo] é conseguir realizar o sonho do Gabriel de andar sozinho, fazer essa arrecadação, levar ele para o Rio novamente e depois para Michigan, para a continuação do tratamento", finalizou o pai.

PARALISIA CEREBRAL

Segundo a Associação Brasileira de Paralisia Cerebral (ABPC), há 17 milhões de pessoas que vivem com paralisia cerebral no mundo, sendo a deficiência física mais comum na infância. Assim como o Daniel e Adriana, os pais de Gabriel, cerca de 350 milhões de pessoas estão intimamente ligadas a uma criança ou adulto com a paralisia. Porém, no Brasil há uma carência de estudos sobre o tema.

Para ajudar a família, acesse a vaquinha virtual de Gabriel

Para mais informações, entre em contato pelo número: (91) 99115-2131

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