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Neymar, Éder Militão... Tite tenta blindar Seleção de 'racha' entre jogadores por Lula ou Bolsonaro

Técnico da Seleção Brasileira pondera que conquistas, como sociedade, podem ser mais importantes do que o título da Copa do Mundo

Pedro Cruz

O segundo turno das eleições presidenciais acontece no dia 30 de outubro, 24 dias antes da estreia do Brasil na Copa do Mundo do Catar. O ambiente político polarizado é foco de atenção do técnico Tite, a fim de evitar que influencie o clima entre os atletas convocados, afinal, segundo o próprio comandante canarinho, a escolha entre Lula ou Bolsonaro para presidência do Brasil pode ser mais importante no grupo de atletas que o próprio título mundial. 

Veja trechos da entrevista:

 


“Mas, desse objetivo que é vencer uma Copa do Mundo, que é ser um objeto de influência direta - e, paralelamente a isso, claro que tem eleição, claro que tem uma série de outros aspectos sociais que nos envolvem e que, talvez, sejam muito mais importantes, em termos de evolução, em termos de sociedade, do que a própria conquista do título mundial", concluiu o técnico do Brasil em entrevista coletiva realizada na tarde desta quinta-feira (13) com jornalistas do Norte e Centro-Oeste do país. 

Tite reforçou que não é contra o posicionamento público dos jogadores a favor dos candidatos, avaliou o poder de influência dos atletas principalmente entre os jovens, mas ressaltou que o futebol e a Seleção possuem uma função social maior que a própria Copa do Mundo.

"Primeiro que nós temos uma responsabilidade muito grande na Seleção, que ela está no esporte, do mais alto nível; na busca de vencer uma Copa do Mundo; e de fazer do esporte e da Seleção Brasileira um veículo de educação para uma série de garotos que nos assistem, que veem a idolatria de uma série de atletas, que se identifica com eles, que bate álbum de figurinhas. É uma coisa muito rica. Nós não somos alienados e cada um de nós tem responsabilidades. Agora, a responsabilidade de Seleção Brasileira e do esporte como veículo de educação e de exemplo, sim, é importante. Esse é o atrelamento”, salientou Tite.

“Nós, particularmente, temos todo o direito e devemos, como cidadãos, nos posicionar. Se posicionem individualmente e respeitem a minha posição tal qual, democraticamente, eu respeito a dos outros. Querem individualmente o fazer [posicionar publicamente]? Façam, mas coloquem a Seleção Brasileira, esses garotos que a gente pode influenciar, talvez algum mais cascudo, talvez, um que argumente um pouquinho mais? Talvez. Faz parte”, defendeu o treinador.

A lista final de jogadores convocados para a Copa do Mundo do Catar deve ser anunciada no dia 7 de novembro. Serão 26 nomes anunciados por Tite. Não há mais amistosos programados até lá. As últimas duas partidas do time canarinho foram as vitórias sobre Gana (3 a 0) e Tunísia (5 a 1), em 23 e 27 de setembro, respectivamente. A estreia do Brasil na Copa do Mundo será contra a Sérvia no dia 24 de novembro, às 16h. 

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