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Jovem talento do Flamengo lamenta racismo sofrido por Vinícius Jr. durante partida na Espanha

Com apenas 18 anos, Ricardo é uma das promessas do futebol brasileiro e compartilha o sonho de seguir a meteórica trajetória de Vini Jr

O Liberal e AFP

Durante uma breve pausa nos treinos, em meio a um campo adornado por um enorme cartaz com a imagem de Vinícius Jr., estrela do Real Madrid que deu seus primeiros passos profissionais nesse mesmo local, o promissor meio-campista brasileiro Pierry Amaro Ricardo expressou sua tristeza diante do racismo enfrentado por seu ídolo.

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Os funcionários da Escola Flamengo, onde o jovem talento treina, também se preocupam com os ataques direcionados ao jogador, que eles lembram como um rapaz doce e um estudante que conquistava a todos. Monique Monteiro, de 32 anos, que trabalha na recepção da escola, descreve Vinícius como um garoto excepcionalmente talentoso, respeitoso e dedicado, destacando seu brilho tanto dentro como fora de campo.

Monique recorda como Vinícius superou uma infância marcada pela pobreza e pelas dificuldades nas ruas de São Gonçalo, uma cidade de classe trabalhadora, até alcançar o topo do futebol profissional. "Não foi nada fácil para ele. Tudo foi conquistado com seu suor e com o apoio incondicional da família", revela.

"A situação é muito triste para nós, que acompanhamos toda a trajetória dele, todo o processo que o levou até onde está hoje, e ver que ele está sofrendo dessa maneira. Ficamos indignados", desabafa Monique.

Os moradores locais relatam que o jogador contribuiu generosamente com a comunidade, por meio do Instituto Vini Jr., uma organização beneficente que busca auxiliar crianças em seu desempenho escolar por meio de programas inovadores que unem tecnologia e a paixão dos brasileiros pelo futebol.

"A cidade de São Gonçalo e todo o Brasil têm orgulho de você", publicou a prefeitura municipal nas redes sociais, em apoio ao jogador, que recebeu uma enxurrada de mensagens solidárias de personalidades brasileiras.

No centro de São Gonçalo, os moradores expressaram repulsa pelo episódio recente. "Chamar o rapaz de macaco, não faz sentido algum", criticou Márcia Maria da Costa, de 62 anos, que vende artigos de futebol em um mercado local onde as camisas de Vinícius são muito procuradas.

Víctor Gabriel Ferreira, vendedor de telefones que cresceu no mesmo bairro que Vinícius, mostrou-se indignado: "O Brasil, o mundo, não conseguem aceitar que um jovem negro, criado em uma favela, esteja no topo dos melhores do mundo."

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