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Gramados do Parazão têm 'problema estrutural' que precisa ser combatido, diz presidente da FPF

Em duas rodadas do Campeonato Paraense, pelo menos duas praças esportivas já foram alvo da crítica dos clubes por causa dos gramados; Ricardo Gluck Paul diz que a entidade estuda implementar medidas para equalizar o problema

Luiz Guilherme Ramos

O Campeonato Paraense mal começou e já começaram a surgir inúmeros problemas relacionados à condição de alguns estádios. No último sábado (20), Bragantino e Tapajós empataram em 0 x 0 no Diogão, em Bragança, sobre um gramado sofrível, criticado até pelo treinador do Paysandu, que terá um compromisso na mesma praça esportiva nesta quarta-feira (24). Um dia antes (23), foi a vez da Arena Verde virar alvo, após a péssima conservação do gramado vista na partida entre Tapajós e Águia.

Logo após a primeira rodada, Hélio dos Anjos disparou: "Desculpa, mas tem condições de jogar? Alguém olha para o campo de Bragança, como nós olhamos o jogo que teve lá [Bragantino x Tapajós] e fala que é um campo que tem condições de jogar?”, questionou, sabendo que o Papão terá um compromisso no mesmo estádio nesta quarta-feira. Após o duelo na Arena Verde, o Águia pode sofrer uma baixa no time, graças à entorse sofrida pelo lateral Bruno Limão, que se machucou ao cair em um buraco na grama.

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Gluck Paul usou como exemplo a situação dos dois clubes de Santarém, que não podem jogar na cidade, graças às obras no estádio do município. "Existem clubes impedidos de jogar nas suas sedes, contra a vontade deles. O São Francisco está mandando os jogos no Souza, que tem muitos problemas estruturais, inclusive no gramado. O Tapajós manda os seus em Paragominas, que também tem problemas históricos. Agora, eu consigo responsabilizar esses dois clubes por não terem acesso aos estádios das cidades deles? Não é simples", garante.

Por fim, o dirigente reforçou que entende a dimensão do problema e, por conta disso, vem apoiando a decisão dos clubes que desejam alterar os locais dos jogos, para minimizar ao máximo os riscos, sem comprometer a realização da competição. “A FPF prestigia a decisão dos clubes. Discutimos isso em Congresso Técnico, colocamos que esses acordos vão funcionar, pois o que é bom para eles é bom para a FPF. Em muitos momentos isso faz todo sentido. Se o próprio clube entende que uma partida precisa mudar de lugar, que seja feita a mudança. Em alguns momentos críticos chegamos a vetar estádios, mas é quando se chega num momento muito crítico", encerra.

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