Estatuto da FPF aponta que Adelcio Torres deve continuar no comando da entidade até novas eleições
Mandato do atual presidente terminaria no dia 31 de dezembro, mas será prorrogado até a posse de novos eleitos.
A Federação Paraense de Futebol (FPF) vai entrar no ano de 2022 com o mesmo presidente, Adélcio Torres. Devido a um imbróglio judicial, a eleição para o cargo, que deveria ocorrer na última terça-feira (28), foi suspensa. Até a realização de um novo pleito, Adélcio continua no comando da entidade máxima do futebol do estado. No entanto, o mandato de Torres termina nesta sexta-feira, 31.
A manutenção do atual presidente no cargo está previsto no estatuto da federação. Segundo o artigo 127 do documento, o mandato do atual presidente deve ser prorrogado automaticamente até a posse dos novos eleitos.
Motivos da suspensão
O Tribunal de Justiça do Pará (TJPA) entendeu como procedente um pedido da Liga Atlética de Castanhal em conjunto com a chapa "Futebol de Primeira", liderada por Paulo Romano, que concorre ao pleito.
Além dele, disputam o cargo o atual presidente, Adélcio Torres, e o ex-presidente do Paysandu, Ricardo Gluck Paul.
No documento em que dá a decisão de suspender as eleições da FPF, a desembargadora Eva do Amaral explica as razões:
1°) uma violação do art. 22, incisos III e VI, da Lei Federal nº. 9.615/1998 (Lei Pelé), pois o atual presidente da FPF e candidato à reeleição, Adélcio Torres, foi quem convocou as eleições, o que deveria ter sido feito pela comissão eleitoral previamente constituída.
2°) Além disso, Adélcio publicou o edital de convocação para a eleição no dia 13/12/2021, e, logo em seguida, inscreveu a sua chapa, utilizando-se, supostamente, de informações privilegiadas para tentar ludibriar os candidatos concorrentes, violando o princípio da isonomia.
Segundo o presidente da comissão eleitoral, Jeff Launder, ainda será deliberada qual a nova data da eleição.
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