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Esposa de Daniel Alves corrobora versão de embriaguez do jogador: "Voltou muito bêbado"

No segundo dia do julgamento de Daniel Alves, esposa e amigos deram depoimentos que corroboram com embriaguez do jogador na noite em que teria cometido o crime

Alessandro Amorim
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Nesta terça-feira (6), segundo dia de julgamento do jogador Daniel Alves em Barcelona, o consumo de álcool pelo ex-lateral direito do Pumas foi o assunto principal dos embates entre defesa e acusação. Amigos do jogador contaram que ele bebeu muito ao longo do dia em que teria cometido o crime - o ex-atleta é acusado de agressão sexual contra uma mulher, caso denunciado pela vítima em dezembro de 2022. A esposa, Joana Sanz, contou que o jogador chegou bêbado em casa.

“Ele foi comer com amigos no restaurante. Passou o dia aí e voltou era quase 4 da manhã. Voltou muito bêbado, fedendo a álcool. Bateu no armário e caiu na cama”, relatou Joana Sanz.

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O grupo de amigos de Daniel Alves se reuniu no meio da tarde no restaurante Taberna del Clínic, segundo os depoimentos. Na madrugada foram para o bar Nuba e depois partiram rumo à boate Sutton. O jogador “foi o que mais bebeu” na festa, segundo Bruno Brasil, um dos amigos que estava na companhia do ex-jogador.

“Exatamente não lembro, mas foi bastante, porque ficamos desde 14h30 até uma da manhã, então bebemos muito. Eu diria que pedimos umas cinco garrafas de vinho, uma de uísque... Thiago não bebe, Bruno bebe pouco, então eu e Daniel bebemos muito. Pedimos quatro drinks de gin tônica. Ele tinha bebido bastante”, relatou.

"Ou tinha bebido, ou tomado algo, mas não estava normal", afirmou o gerente da boate em relação ao comportamento apresentado por Daniel Alves na noite do crime. Os garçons da boate destacaram que havia algo de errado com o lateral naquela noite.

Contradição

A promotoria rebateu uma das falas de Bruno Brasil, amigo do jogador, quando ele disse, diante dos juízes, que o grupo de amigos de Daniel Alves deixou a boate “sem motivo especial”. Em depoimento anterior, o amigo disse que o jogador tinha ido ao banheiro porque estava se sentindo mal e, por isso, teriam ido embora. Bruno respondeu que teve que depor em espanhol na ocasião e por isso não ficou claro. Ele garantiu que o jogador não contou o motivo da ida ao banheiro.

“Quando ele (Daniel Alves) saiu do banheiro, eu estava com a prima (da denunciante). Estávamos pegando contato um do outro. Ele saiu do banheiro, ficou do meu lado e seguiu dançando, na mesma sala. Ela saiu, falou com todo mundo, se despediu de mim, a prima também e foram embora. Eu não lembro o tempo que levou entre a saída dela e a despedida após o banheiro. O tempo não lembro, mas ainda seguimos lá dentro por um tempo. Já era tarde, tínhamos bebido muito e por isso fomos embora”, contou Bruno Brasil.

O amigo afirmou que Daniel Alves e a denunciante “estavam bem e dançando juntos”. Pelo local da boate ser “muito escuro”, Bruno disse que não viu a mulher chorar e que Daniel Alves não falou, em nenhum momento, sobre o que aconteceu no banheiro.

Desejo de justiça

Policiais que prestaram atendimento à denunciante e os que o acompanharam durante o período em que esteve na detenção também prestaram depoimentos nesta terça (6). Um deles assegurou que as imagens das câmeras de segurança da boate corroboram totalmente a versão da denunciante. Outro policial contou que foram encontradas impressões digitais do jogador no banheiro, na área da pia, espelho, tampa do vaso sanitário e na cisterna.

“Ela disse que a pessoa não a tinha deixado sair [do banheiro] e que havia tocado suas partes íntimas por dentro. Disse que não queria dinheiro, queria justiça. A assessoramos para que denunciasse os fatos ou não”, relatou um dos policiais.

Esta quarta-feira (7) será o último dia do julgamento e Daniel Alves será o último a prestar depoimento. Além do jogador, a medicina forense e documental terá destaque na audiência do dia. A defesa do ex-jogador deverá apresentar uma nova versão do ocorrido naquela noite, sustentando que o réu estaria embriagado. Segundo jornais espanhóis, a advogada Inés Guardiola pretende argumentar que o lateral não teria plena consciência do que fez.

Daniel Alves foi preso preventivamente em janeiro de 2023 e enfrenta pedidos de nove anos de prisão do Ministério Público e 12 anos da equipe da vítima. A sentença final não possui prazo definido. A Justiça determinou o pagamento de € 150 mil (R$ 783 mil) à vítima, a título de danos morais e psicológicos, caso o jogador seja condenado.

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