Durante a pandemia, torcedores de Remo e Paysandu demonstram o seu amor por meio dos ingressos virtuais
O clássico será nesse domingo (20), às 18h, no estádio do Mangueirão
O ano de 2020 não foi fácil financeiramente para Remo e Paysandu. A dupla tinha como maior fonte de renda os ingressos das partidas. Desde março desse ano os clubes não contam a presença do público, por conta da pandemia da covid-19. Com isso, as equipes precisaram inovar para diminuir os danos.
Ambos investiram, em um primeiro momento, em mascaras e álcool em gel para ter um auxilio nas rendas, além do sócio-torcedor. Alguns torcedores que chegaram a perder suas rendas, pararam de pagar o programa, prejudicando ainda mais os clubes.
Com o retorno dos jogos, sem a presença do público, os clubes apostaram nos ingressos virtuais, com valores simbólicos. E é dessa maneira que os torcedores bicolores Lourival Maceió (pai) e Lourival Maceió Junior (filho) e o azulino Luis Rodrigo Barros estão sempre buscando ajudar os seus clubes.
RELAÇÕES COM OS TIMES
Paysandu
O amor pelo Paysandu na família Maceió é hereditário, como conta seu Lourival. “Meu pai jogava futebol no subúrbio, com o São Domingos [time do bairro do Jurunas]. Isso foi me levando aos estádios junto com ele. A maioria dos jogos eram disputados no estádio do Souza [Tuna], acompanhamos muitas partidas do Paysandu, com times cariocas”, comenta Lourival, que esteve presente no jogo histórico do Paysandu contra o Peñarol.
“Hoje, em 2020, somos sócios há três anos. Até em virtude da pandemia continuamos pagando dentro das possibilidades”, conta Lourival Maceió Junior. Pai e filho compraram mascaras e álcool em gel para continuar ajudando o clube bicolor. Desde que foi iniciado as vendas dos ingressos virtuais, os dois passaram a adquirir não só para eles, mas também para um sobrinho. "Sabemos que a maior renda dos clubes vem das bilheterias. O ingresso virtual foi uma forma de você conseguir manter o clube", complementou.
Torcedor azulino mostra seu ingresso virtual (Ivan Duarte / O Liberal)
Remo
Já o torcedor azulino Rodrigo Barros possui uma relação com o clube desde pequeno. “Minha família é remista. Meu avô, meu pai, meus tios, todos possuem um grande amor pelo clube. Meu pai começou a me levar ao Baenão com nove anos, o meu remismo começou nessa época”, afirma.
Rodrigo contribui com o Remo das formas que pode. Há cinco anos é sócio-torcedor e nesse período de pandemia adquiriu produtos que o marketing do Leão lançou. “A principal renda do Remo é o torcedor. A nossa torcida, que é de fato um fenômeno, precisa entender o momento crucial em busca do acesso. E abraçar de vez o projeto dos ingressos virtuais”, finalizou.
A partida entre Remo e Paysandu terá transmissão lance a lance pelo portal OLiberal.com