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De pai para filho, o amor pelo futebol que atravessa gerações; veja mais

Zé Augusto "Narigudo", Campeão Brasileiro pelo Paysandu, em 1991, influenciou diretamente a profissão do filho, o meia Lineker, que participou do histórico acesso bicolor à Série B, em 2012

Luiz Guilherme Ramos

Quando o jovem meia Lineker despontou para o futebol profissional, em 2012, o pai já havia pendurado as chuteiras, depois de uma carreira vitoriosa, mas a influência de Zé Augusto "Narigudo" na vida do filho foi muito além do tempo e o futebol não escapou dessa relação de amor e família, que atravessa gerações.

Para contar a história de Lineker, é preciso dizer antes quem foi o Zé Augusto "Narigudo". Antes do "Terçado Voador", o Pará teve um Zé Augusto que também fez história e participou diretamente da primeira conquista nacional do Paysandu. Zé Augusto começou nas categorias de base do clube, em 1987. No ano seguinte foi alçado ao profissional, integrando o time que conquistou a Série B de 1991, junto com Rogerinho Gameleira, Cacaio, Oberdan, Dadinho, entre outros.

Desde aquele momento, o então pequeno Lineker Augusto já dava os primeiros chutes. "Quando eu era pequeno, três, quatro anos, acompanhava o ambiente de trabalho dele. Me ambientar nessa área com muita facilidade, ficava batendo bola com os jogadores, foi tudo muito fácil para chegar no meio e gostar", conta o filho, que, apesar da influência, guarda muitas diferenças entre os estilos de jogo. Zé Augusto era volante, atuava mais na marcação, enquanto Lineker já como meia ofensivo, atuando mais na armação de jogadas e ataques em profundidade.

"Somos muito diferentes no estilo de jogo, tanto por pensamento, quanto por posições. Sem dúvida ele foi muito mais dedicado do que eu, profissionalmente. Meu estilo é ser mais driblador, mais veloz, enquanto ele é mais cadenciado, brigador", revela. Em 1995, enquanto Lineker dava os primeiros passos na vida, Zé Augusto dava outro nas quatro linhas, atravessando a Almirante Barroso em direção ao Clube do Remo.

SAIBA MAIS

Lineker passou por vários clubes e representou o núcleo familiar, ao também defender o Castanhal, em 2015. Passou ainda pelo futebol maranhense, pelo Itabaiana-SE, Paraná, entre outros clubes, até retornar ao Pará este ano. E embora esteja em tempo de atividade, Lineker resolveu se ausentar para dar assistência ao pai, o grande responsável por iniciar o pequeno garoto no mundo do futebol.

"A vida de pai para filho, quando envolve profissão, é sempre cheia de altos e baixos, mas acima de tudo existe o respeito. Hoje estou decidindo se volto ou não, meu objetivo é cuidar dos meus pais. Eles são os únicos que querem o sucesso do filho. Digo isso com muito orgulho. É um paizão que tenho. Todo mundo que conheço gosta muito dele, é uma pessoa amada e eu desejo um feliz dia dos pais para todos. Resumidamente, que possamos honrar pai e mãe enquanto eles estão aqui", encerra. 

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