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Tite rebate críticas sobre dança na Copa do Mundo e apoia irreverência brasileira: 'Vou dançar'

O treinador comandou os jogadores no último treino antes da partida contra a Croácia, que vale vaga na semifinal da Copa do Mundo

Luiz Guilherme Ramos

A Seleção Brasileira retorna a campo para mais um desafio pela Copa do Mundo do Catar. Nesta sexta-feira (9), os brasileiros encaram a Croácia, valendo uma vaga na semifinal da competição. O duelo começa às 12h (Brasília), direto do estádio Cidade da Educação. Às vésperas do encontro, o técnico Tite conversou com os jornalistas e expôs alguns pontos importantes sobre a preparação dos atletas, entre outros assuntos. 

O principal deles, no entanto, esteve relacionado não necessariamente com o futebol, mas sim com o fruto dele. Desde que se juntou aos jogadores para fazer a 'dancinha do pombo', uma referência clara ao atacante Richarlison, o treinador tem sido questionado, mas não deixou por menos, ao apoiar a atitude dos atletas. Ele lamentou por quem desconhece a cultura do povo brasileiro. 

"Não é minha seleção. É a seleção brasileira, que tenho responsabilidade de ser técnico. Eu lastimo muito e não vou fazer comentários de quem não conhece a história e cultura do Brasil, o jeito de ser. Eu respeito a cultura e o jeito que eu sou, a seleção que trabalho. É a cultura brasileira, e ela não vai desmerecer nenhum outro. É a nossa forma de ser", disse.

Uma das principais críticas sobre o estilo comemorativo dos brasileiros foi o ex-jogador e comentarista Irlandês Roy Keane, que chamou a dança protagonizada pelos jogadores e pelo próprio Tite de 'desrespeito'. "Aqueles que eu trabalho e realmente me conhecem e sabem de bastidor, se tiver que dançar, vou dançar. Só que tenho que treinar mais. Pescoço é duro."

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Dancinhas à parte, o treinador brasileiro lembrou da Croácia, que vem treinando forte para o duelo desta sexta-feira. Tite lembrou que os croatas têm se saído bem em prorrogações e disputas de pênaltis. Em 2018, foram dois lances desta natureza, nas oitavas e quartas de final. "Há, sim, uma qualidade técnica individual e coletiva, há resiliência, persistência, e para chegar ao alto nível isso é preciso. Meu foco é repetir o padrão e fazer um jogo de excelência da seleção brasileira. Aí, quem for melhor vai passar".

A Seleção Brasileira chegou às quartas de final da Copa do Mundo após classificar-se em primeiro lugar no grupo G, depois de passar por Sérvia, Suíça e perder para Camarões. Na fase seguinte venceu a Coreia do Sul, enquanto a Croácia classificou em segundo lugar pelo grupo F, que tinha Marrocos, Bélgica e Canadá. Nas oitavas, os croatas eliminaram a seleção japonesa, nas penalidades máximas. 

Quem avançar de fase vai para a semifinal, podendo enfrentar o vencedor de Holanda e Argentina, que fazem a outra partida da chave a partir das 16h desta sexta-feira. Embora a formação ainda esteja indefinida, Tite sabe da responsabilidade que carrega diante dos croatas. Para isso, tem trabalhado não só com a parte técnica, mas também a emocional, que passa necessariamente pela liberdade aos atletas. 

"É a identidade do futebol brasileiro, não sou eu, é a geração que surgiu agora, são os técnicos de base que formaram esses atletas. Nós damos confiança para que eles possam produzir o seu melhor. É a nossa característica. Em cima dessa pressão, tem que ter coragem para jogar desta forma, mesmo correndo riscos e a carne ser cortada. E eu já vivi isso. Esse é o futebol que eu acredito, mesmo que na frente tenha carne cortada se não for campeão. Mas é para frente, é nisso que acreditamos", encerra. 

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